“Intromissão indevida”, diz Itamaraty à representante dos EUA após declaração pró‑Bolsonaro
Reação dura do Brasil à nota diplomática revela tensão inédita nas relações bilaterais

O Itamaraty classificou como “intromissão indevida e inaceitável” a nota da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília que defendeu Jair Bolsonaro, chamando a investigação no STF de “perseguição política”. Em reunião nesta quarta‑feira (09/07/2025), a embaixadora Maria Luísa Escorel de Moraes entregou protesto formal ao encarregado Gabriel Escobar, afirmando que a intervenção fere a soberania nacional.
1. Choque de diplomacias
O governo brasileiro usou tom firme em seu repúdio, afirmando que “não cabe aos EUA, ou a ninguém, entrar em questões internas”, ressaltando que a nota diplomática excedeu todos os limites aceitáveis.
2. Nota seguiu retórica de Trump
A declaração da embaixada ecoava trechos do discurso de Donald Trump, defendendo Bolsonaro como “forte parceiro dos Estados Unidos” e comparando seu processo a uma “caça às bruxas” — o que agravou a percepção nacional de interferência.
3. Advertência sobre consequências
O Itamaraty avisou que a ação diplomática americana “pode trazer consequências negativas para a relação bilateral”, abrindo precedente para represálias institucionais ou suspensão de cooperações estratégicas.
4. Crise se intensifica com tarifas de Trump
A desavença aparece no mesmo contexto em que os EUA anunciam tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, gerando pressão adicional nas áreas econômica, política e diplomática.
Conclusão: soberania diplomática ganha linha de frente no confronto bilateral
A reação oficial marca uma virada: o Brasil defende que diálogo e cooperação duram até onde dura o respeito mútuo. A chamada “intromissão indevida” traça linhas diplomáticas mais duras — sinais de que qualquer intervenção estrangeira com viés político terá resposta pronta e formal.
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