Planalto prepara reação à tarifação de Trump com “reciprocidade”
Governo avalia sobre taxar produtos americanos enquanto Lula convoca equipe para estratégia

O governo Lula já articula uma resposta contundente à decisão de Donald Trump de instituir uma tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos, válida a partir de 1º de agosto de 2025. Integrantes do Planalto sinalizam adotar princípio de reciprocidade, retaliando com encargos similares aos produtos americanos, enquanto conversas internas definem alíquotas e setores-alvo.
1. “Reciprocidade” como palavra de ordem
O termo ecoa entre auxiliares do governo como guia: se os EUA impõem tarifa, o Brasil devolverá na mesma moeda. A definição das taxas, entretanto, ainda está em debate técnico e político nos bastidores do Palácio do Planalto.
2. Reunião de emergência mobiliza Lula, Alckmin e ministros
Nesta quarta-feira, o presidente Lula convocou vice‑presidente Alckmin e os ministros da Indústria, Fazenda, Casa Civil e Comunicação para reunião urgente, a fim de traçar estratégia econômica e diplomática e alinhar resposta coordenada às áreas responsáveis.
3. Ameaça de nova escalada tarifária
A carta de Trump advertiu que qualquer taxa adicional brasileira será somada aos 50% aplicados pelos EUA. Esse mecanismo elevado foi interpretado como tentativa de desestimular retaliações, mas mobilizou Brasília a buscar respostas igualmente simbólicas e econômicas.
4. Pressão sobre cadeias produtivas e diplomacia reagente
Empresários e governistas alertam para o risco de desemprego e aumento do preço de insumos. Internamente, o episódio movimenta o Itamaraty e o Ministério da Economia a prepararem shopping reports para embasar taxa compensatória, com a intenção de proteger exportadores e mostrar força diplomática.
Conclusão: tarifa vira campo de batalha simbólico e estratégico
A adoção da taxa de reciprocidade revela que a guerra tarifária transcende disputa econômica — é também confronto simbólico. Lula busca proteger a economia diante do choque externo sem ceder em soberania, enquanto Brasília se prepara para responder na mesma moeda, ampliando o conflito diplomático e comercial.
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