Estratégia presidencial radical reforça tensão sobre separação de poderes nos EUA

Donald Trump afirmou que teria autoridade para ignorar ou anular leis federais que regulam o TikTok, caso julgue necessário “salvar” o aplicativo logo que reassumir a presidência. A declaração reabre o debate sobre os limites do poder executivo e o papel do Congresso nos EUA.

1. Pressuposto de superpresidencialismo

Trump justificou que precisa de “ordens executivas” autoritárias para proteger o TikTok diante do Congresso — uma concepção de poder que desafia diretamente a Constituição e pode ser enquadrada como abuso de autoridade, passível de impeachment.

2. Disputa tecnológica se torna teatral político-jurídico

O TikTok, com cerca de 170 milhões de usuários americanos, foi alvo de prazos sucessivamente estendidos pelo próprio Trump — e agora serve de palanque para seu discurso de supremacia presidencial .

3. Especialistas jogam luz sobre risco constitucional

Juristas afirmam que Trump não possui poder legal para suspender leis vigentes, sem autorização do Congresso ou intervenção judicial — e que tal movimento abriria precedente perigoso para o desrespeito institucional .

4. Supremo na linha de frente do embate digital

Enquanto o Supremo analisa a legalidade de leis que podem banir ou obrigar a venda do TikTok, Trump pretende usar o aplicativo como símbolo de resistência executiva, ampliando o conflito entre poderes Reuters+1Reuters+1.


Conclusão: Trump testa limites da democracia em nome do TikTok

A defesa de anular leis revela uma estratégia que vai além do TikTok — trata-se de testar o limite do poder presidencial em nome da tecnologia e da mobilização simbólica. Se adiante, esse movimento pode desencadear uma crise institucional reactiva nas demais esferas do governo.


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1 comentário em “Para salvar TikTok, Trump reivindica poder para anular leis

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