Moraes vê nova tentativa de Eduardo de interferir e embaraçar ação contra Bolsonaro
Ministro do STF inclui vídeo no inquérito e cobra posicionamento da PGR

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, identificou uma nova tentativa de intervenção por parte do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para retardar e desestabilizar a Ação Penal 2.668, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em despacho divulgado em 9 de julho, Moraes ordenou a inclusão de um vídeo publicado no X por Eduardo e determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o efeito dessa conduta no processo.
1. Vídeo evidencia pressão externa
O conteúdo, compartilhado por Eduardo em 29 de junho, durante ato político na Avenida Paulista, traz discurso em língua inglesa do deputado Gustavo Gayer apontando críticas ao STF, com a mensagem “para todos lá fora que estão nos escutando”. Moraes considerou que abrir para uma audiência internacional representa tentativa clara de interferir no regular andamento do processo.
2. Controle institucional em ação
Com a inclusão do material no inquérito que apura crimes como coação e organização criminosa por parte de Eduardo, o ministro reforça o controle institucional. Ele também prendeu prazo para que a PGR avalie se essa postagem deve motivar medidas cautelares adicionais.
3. Investigação prorrogada por 60 dias
A Polícia Federal teve seu prazo estendido por Moraes para entregar resultados finais, justificando que ainda restam diligências essenciais. A ampliação do inquérito mostra a determinação do STF em não permitir lacunas no processo.
4. Estratégia de Eduardo versus reação judicial
Enquanto Eduardo segue nos EUA alegando “perseguição política”, sua atuação midiática é vista como tentativa de usar influência internacional para obstruir a Justiça. A resposta de Moraes é direta: manter a integridade do processo e garantir que o poder eleitoral não crie impunidade.
Conclusão: embate jurídico-avançado com ares de embate global
A decisão de Moraes demonstra firmeza diante de formas modernas de interferência — a ação midiática no exterior pode não ser impunemente recortada dos trâmites internos. O embate entre tribunal e parlamentar ganha nova dimensão ao som da geopolítica, com mecanismos institucionais reagindo a tentativas de influência global.
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