Justiça dos EUA intimida Moraes por ‘censura’ em ação movida por big techs
Ministro do STF recebe chamada formal de plataformas dos EUA — escalada judicial e crise diplomática em curso
A Justiça norte-americana intimou formalmente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por suposta “censura” ordenada contra conteúdos de plataformas como Rumble e Trump Media. As empresas busescam que as decisões de Moraes sejam reconhecidas como inválidas em território dos EUA — um movimento inédito que marca a transposição de questões digitais para a arena internacional.
1. Censura ou exercício judicial?
Moraes é acusado de interferir na liberdade de expressão ao bloquear perfis de direita no Brasil. Agora, nos EUA, a ação contesta se essas ordens podem valer em solo americano — em claro conflito entre a Primeira Emenda dos EUA e o marco legal brasileiro.
2. O prazo que impõe pressão
Com prazo restrito de 21 dias para responder, Moraes se vê sob forte tensão jurídica. Caso não apresente defesa, poderá sofrer decisão à revelia, o que reforçaria a narrativa de afronta aos princípios de liberdade dos EUA.
3. AGU entra em campo
A Advocacia-Geral da União já prepara recurso em defesa do Brasil. O objetivo é evitar que decisões brasileiras tenham efeitos extraterritoriais e preservar a soberania judicial nacional — reação necessária em caso de determinação ou punição pelo tribunal americano.
4. Conflito geopolítico
A ofensiva judicial americana agrava um quadro já tenso. Plataformas digitais ligadas à direita, sob apoio indireto de Trump, pressionam Moraes, que por sua vez confronta big techs com bases legais e soberanas. O conflito é quase um teatro onde mundo jurídico desafia pluralidade ideológica.
Conclusão: censura transnacional — ou soberania em xeque?
O embate em curso demonstra que decisões sobre mídia social não se limitam ao Brasil: viraram objeto de disputa geopolítica. Moraes responderá no prazo, mas o troféu não é só jurídico. Está em jogo a autoridade do STF quando confrontado por leis e ideologias de fora.
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