Clã Bolsonaro racha com Nikolas Ferreira por privilégios no PL
Disputa interna expõe ciúmes e acusações sobre favoritismo dentro do partido
Sob o pano de fundo de tensões políticas e ambições em ascensão, desponta um racha silencioso dentro do Partido Liberal: de um lado, Nikolas Ferreira (PL‑MG), que constrói um projeto autônomo e se destaca entre as lideranças conservadoras; do outro, membros do clã Bolsonaro, incômodos com o tratamento diferenciado que o partido tem dado ao deputado mineiro.
1. Ambição versus lealdade
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram desconforto com Nikolas, que adotou uma postura independente, sem subordinação direta ao ex-mandatário. Essa decisão de guiar seu próprio destino político tem sido vista como uma ameaça ao equilíbrio interno do partido e à figura de Jair como referência.
2. Privilégios que incendeiam ressentimento
O estopim da crise foi a percepção de que o PL oferece mais recursos e oportunidades para Nikolas do que para Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA articulando medidas para seu pai. A ausência de suporte financeiro a Eduardo acendeu debates internos sobre prioridades e favoritismos partidários.
3. Falta de alinhamento com agenda de Eduardo
A tensão aumentou quando Nikolas silenciou frente à postagem de Trump em apoio a Bolsonaro — repercutida por Eduardo — e preferiu divulgar vídeo com críticas ao governo Lula. A estratégia irritou quem esperava reforço público aos atos de Eduardo, e a escolha foi citada como negligência ao esforço coletivo.
4. O PL tenta apaziguar — mas a guerra continua
Mesmo em meio à discórdia, a direção partidária busca apaziguar o clima. Enquanto filhos de Bolsonaro acusam Nikolas de falta de lealdade, o partido afirma que o mal-estar é restrito aos descendentes do ex-presidente, já que Jair e Michelle mantêm boa relação com o deputado mineiro.
Conclusão: o embate interno que revela futuro
O racha dentro do PL vai além de disputas de comando — trata-se de um embate entre dois caminhos: o alinhado à figura de Bolsonaro ou o caminho próprio de Nikolas. Em ano pré-eleitoral, essa tensão interna pode determinar quem define os rumos da direita nos próximos anos.
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