Foragida, Zambelli não devolve apartamento funcional da Câmara
Enquanto foge da Justiça, deputada evita entregar imóvel — e expõe privilégios inacessíveis ao cidadão comum

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL‑SP), atualmente foragida na Itália, não devolveu o apartamento funcional da Câmara em Brasília, mesmo após o prazo legal de 30 dias, que expirou em 4 de julho. O imóvel segue sendo ocupado, sem que nenhuma penalidade tenha sido aplicada até o momento.
1. Regra ignorada por quem deveria cumprir
Segundo o regimento interno da Câmara, a deputada tem prazo de 30 dias após a licença para desocupar o imóvel. Esse prazo foi ultrapassado — e mesmo assim, não há registro de multa nem providências efetivas.
2. Multa prevista e silêncio institucional
Apesar de haver previsão de multa diária — proporcional ao auxílio‑moradia —, e de um valor fixo após dez dias de descumprimento, não houve notificação ou cobrança. O contraste é evidente: enquanto cidadãos comuns são penalizados por atrasos em aluguéis ou IPTU, Zambelli permanece sem responder por seu caso.
3. Privilégio sem freio — consequência da impunidade
Isso reforça uma sensação amarga de desigualdade: quem tem foro especial, cidadania europeia e cromossomos políticos consegue driblar regras que impeçam o cidadão comum de agir igual. A exibição de privilégios em Brasília se legitima na falta de consequências.
4. Símbolo de um sistema falho
A deputada é alvo de prisão preventiva e inclusão na lista vermelha da Interpol, e mesmo assim mantém o imóvel funcional. Esse episódio é um microcosmo do Brasil que aceita privilégios de um lado e exige sacrifícios do outro — o que impede reformas reais no regime.
Conclusão: enquanto a maioria paga…
…Zambelli permanece com o apartamento em nome do privilégio institucional. O caso escancara como parte do poder político pode fugir à aplicação da lei, enquanto cidadãos comuns não têm o mesmo tratamento.
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