Motta irritado com críticas e acelera pauta de anistia a golpistas
Presidente da Câmara reage à campanha que o chamou de “inimigo do povo” e busca votar anistia para envolvidos no 8 de janeiro ainda em julho

Sentindo-se atacado nas redes como “inimigo do povo”, Hugo Motta (Republicanos‑PB) decidiu avançar com a pauta da anistia para pessoas envolvidas na invasão do Congresso e outras instituições em janeiro de 2023. A estratégia visa aprovar o projeto já na próxima semana — em reunião agendada para a segunda-feira, 7 de julho — e reforçar seu posicionamento político.
Tensão com o governo e o STF
Embora afirme buscar diálogo com o Executivo, Motta mostra que não recuará em sua iniciativa, que precisa equilibrar as pressões da oposição bolsonarista e do Judiciário — o ministro Alexandre de Moraes já foi apontado como possível alvo de retaliação velada caso o texto avance sem considerações institucionais.
Reações e divisões políticas
A proposta gerou forte rejeição entre governistas e oposição de esquerda. Deputados como Henrique Vieira (PSOL‑RJ) denunciam que acelerar esse tipo de plano político representa proteção a conspiradores armados, criando um “presente aos bilionários enquanto se sacrifica o povo”.
Estratégia de “meio caminho”
Motta trabalha agora em um texto alternativo que manteria punições para condutas criminosas no 8 de janeiro, mas suavizaria penas já estabelecidas pelo STF. A ideia é evitar confronto direto com o Judiciário e conquistar adesão parlamentar sensível a uma anistia irrestrita.
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