Brasil assume presidência do Mercosul em meio a turbulências globais
Lula inicia gestão com foco na conclusão do acordo com a União Europeia, na COP 30 e em cinco prioridades estratégicas
Durante a 66ª Cúpula do Mercosul em Buenos Aires, o presidente Lula anunciou o início da presidência rotativa do Brasil ao bloco. Ele destacou que o país assume este compromisso em um período de graves turbulências para o multilateralismo, ressaltando que o apoio da América do Sul será imprescindível para avanços em temas cruciais como clima e comércio.
Prioridades da gestão brasileira
A coordenação brasileira foi definida sobre cinco eixos estratégicos para os próximos seis meses: fortalecimento do comércio interno e externo, enfrentamento das mudanças climáticas com transição energética, desenvolvimento tecnológico, combate ao crime organizado transnacional e promoção dos direitos dos cidadãos.
Acordo Mercosul-União Europeia e COP 30
Lula se comprometeu a concluir um acordo bilionário com a União Europeia no prazo de seis meses. Simultaneamente, assumiu a missão de sediar a COP30 no Pará, planejada para novembro de 2025, reforçando a pauta climática no Mercosul com apoio regional reforçado.
Ambição diplomática e integração regional
A presidência brasileira se consolidará com esforços para criar uma agência regional de combate ao crime organizado, ações para enfrentar exploração unilateral de recursos (como nas Malvinas) e construção de uma agenda verde integrada — mostrando ofensiva diplomática voltada à liderança continental.
Contexto político regional
O momento marca uma virada na atuação brasileira no continente. Ao assumir o bloco, o país busca reconectar seus vizinhos, fortalecer alianças e elevar o peso do Mercosul no cenário global. O temor é por rupturas no pacto multilateral, caso a integração falhe ou seja subjugada por crises externas.
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