PF solicita prorrogação do prazo para investigação de Eduardo Bolsonaro nos EUA
Deputado licenciado é alvo de inquérito sobre suposta pressão junto a autoridades americanas contra ministros brasileiros
A Polícia Federal requisitou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, mais tempo para finalizar o inquérito que apura Eduardo Bolsonaro por possível atuação nos Estados Unidos pressionando integrantes da Suprema Corte brasileira. A medida visa aprofundar a análise de ações que podem impactar o Estado Democrático de Direito.
Pedido formal sem prazo definido
Protocolado em 3 de julho de 2025, o documento da PF não estipula prazo para conclusão. Agora depende da decisão de Moraes para aprovar, condicionar ou negar a extensão de tempo.
Crimes sob investigação
A apuração, iniciada em maio por orientação da PGR, investiga possíveis delitos como coação no curso do processo, obstrução de investigação relacionada a organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Atuação de Eduardo nos EUA
Desde o início de 2025, o deputado licenciado reside nos Estados Unidos. A investigação avalia se ele articulou pressões junto a autoridades estrangeiras para instaurar sanções contra ministros do STF, uma manobra que coloca em xeque a independência institucional.
Tentativas de contato frustradas
A PF realizou diversas tentativas para ouvir Eduardo por meios virtuais, mas não obteve respostas, dificultando as diligências e reforçando o pedido de prorrogação.
Depoimento de Jair Bolsonaro
O ex‑presidente declarou ter transferido R$ 2 milhões via Pix ao filho em maio para custear sua estadia nos EUA. Em seu depoimento, negou qualquer intenção de retaliar o Judiciário com apoio externo.
Implicações políticas e próximos passos
A decisão do ministro Moraes definirá se o inquérito segue sem prazo ou passa a ter limites. A conclusão pode resultar em denúncia formal ou arquivamento e influenciará o momento de tensão entre o Judiciário e alas conservadoras.
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