Governador do RS defende diálogo institucional e reforça confiança no Supremo, mas condiciona qualquer anistia ao encerramento dos processos judiciais

Em 3 de julho de 2025, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), declarou em Lisboa que a anistia a Jair Bolsonaro “pode ser discutida”. No entanto, ressaltou que “é preciso respeitar os ritos judiciais” e aguardar o desfecho dos processos no Supremo Tribunal Federal (STF).


O contexto da declaração

Durante participação no Fórum de Lisboa, Leite destacou que o caso Bolsonaro ainda está em julgamento no STF, e que só após o trânsito em julgado seria legítimo avaliar medidas legislativas como a anistia. Segundo ele, “há um processo de amadurecimento institucional no Brasil” e que reforçar o respeito ao Judiciário é essencial para qualquer debate democrático.


Por que isso é relevante

  1. Abertura institucional: ao afirmar que a anistia é “discutível”, Leite sinaliza disposição ao diálogo político, sem atropelar o judicial.
  2. Preservação do julgamento: ao condicionar a medida à conclusão dos trâmites no STF, ele reforça a separação dos Poderes e evita interferência prematura.
  3. Tempero político: o gesto o distanciou de extremos — tampouco negou a pauta da direita, nem quebrou laço com a institucionalidade.

Estratégia e posicionamento

Leite, pré-candidato pelo PSD, traça discurso orientado ao equilíbrio: evita radicalizações, valoriza instituições e mantém portas abertas com diferentes forças políticas. Ao mesmo tempo, não descarta o tema da anistia — buscando manter espaço na discussão eleitoral sem romper com a legalidade.


Conclusão

Com seu discurso em Lisboa, Eduardo Leite projeta postura de liderança moderada. Ao afirmar que “anistia pode ser discutida” — mas só depois do STF —, ele busca atrair eleitores descontentes e projetar sensatez institucional. O movimento sinaliza disposição política sem desrespeitar limites democráticos — numa tentativa de renovar o centro-direita sem ceder ao radicalismo.


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2 comentários sobre “Eduardo Leite afirma que anistia a Bolsonaro “pode ser discutida” após julgamento no STF

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