Lula visita Cristina Kirchner em prisão domiciliar na Argentina
Durante Cúpula do Mercosul em Buenos Aires, presidente brasileiro reforça solidariedade a ex-líder peronista condenada por corrupção

Em 3 de julho de 2025, durante sua visita à Argentina para a Cúpula do Mercosul, o presidente Lula se reuniu com a ex-presidente Cristina Kirchner, que cumpre pena de seis anos em casa por condenação em caso de corrupção. A audiência foi autorizada por determinação judicial e realizada na residência da ex-líder peronista.
Motivações e contexto
Lula fez o pedido formal após manifestar solidariedade pública à colega de esquerda, aplaudida por diversos países como exemplo de “lawfare” — prisão usada como instrumento político. Ele destacou que, assim como ele próprio foi alvo de acusações contestadas, Kirchner também enfrenta processo semelhante. O encontro foi um gesto simbólico de apoio político e humano.
Como ocorreu
A visita ocorreu por volta de 12h30, com Lula acompanhado de seguranças e escolta argentina. Durou cerca de 50 minutos e ocorreu na casa de Kirchner no bairro Constituição, em Buenos Aires. Após a reunião, Lula retornou à Cúpula no Palácio San Martín, onde o Brasil assumiu a presidência rotativa do Mercosul.
Por que isso importa
- Solidariedade ideológica: reafirma laços entre governos progressistas da América Latina diante de pressões judiciais.
- Impacto diplomático: o gesto pode tensionar relações com o presidente argentino Milei, que se recusou a encontrar Lula e mantém distanciamento ideológico.
- Narrativa internacional: fortalece a imagem de Lula como líder regional empenhado na luta contra perseguições judiciais seletivas e na defesa de lideranças populares.
Conclusão
A visita de Lula a Cristina Kirchner não foi apenas um ato simbólico. Representa solidariedade política, reforça laços entre protagonismos progressistas e coloca o tema do lawfare no centro da agenda diplomática latino‑americana. No tabuleiro do Mercosul, são sinais de que há novos contornos nas relações entre Brasil e Argentina — agora sob o signo da defesa institucional e ideológica.