Eduardo Bolsonaro usa argumento sobre “organizações criminosas” para sugerir sanções a Alexandre de Moraes
Em discurso nos EUA, deputado licenciado compara encontros do ministro com Casa Branca e Congresso a reuniões com quadrilhas

Em 2 de julho de 2025, durante evento da direita conservadora nos Estados Unidos (CPAC Miami), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado licenciado, afirmou que reuniões do ministro Alexandre de Moraes com autoridades americanas – como integrantes da Casa Branca e do Congresso – equivalem a encontros com “organizações criminosas”, reforçando seu discurso pela aplicação de sanções internacionais contra o magistrado.
O novo argumento em Miami
Eduardo afirmou que, ao chamar encontros diplomáticos de maneiras ilegítimas, está destacando o que considera uma manipulação institucional por parte de Moraes — “reuniões com organizações criminosas” — e justificou a necessidade de sanções do governo dos EUA.
Percalços e ameaças
Durante o discurso, ele mencionou que foi alvo de inquérito provocado justamente por Moraes, enfrentando acusações que podem render até 12 anos de prisão e risco de ter o passaporte apreendido ao retornar ao Brasil — uma tática que usou para argumentar que não se trata de reação isolada, mas de padrão autoritário.
O clima no evento
O CPAC Miami foi plataforma para a crítica acentuada ao STF. Eduardo destacou que não há “tranquilidade para voltar e ser deputado normal” num cenário onde decisões judiciais são vistas como perseguição política — reforçando sua narrativa de que Moraes extrapola os limites institucionais.
Por que isso importa
- Internacionalização do conflito: ao convocar sanções externas, Eduardo amplia a disputa além das fronteiras brasileiras.
- Confronto institucional: acusações que comparam atividades judiciais com crime organizado aumentam a tensão entre Legislativo e Judiciário.
- Efeito político interno: a estratégia visa mobilizar a base bolsonarista, consolidando narrativa de perseguição e reforçando o discurso contrarrevolucionário.
Conclusão
Eduardo Bolsonaro elevou o tom no CPAC Miami ao qualificar reuniões formais de Alexandre de Moraes como encontros com “organizações criminosas” e pedir sanções norte-americanas. A manobra, além de radicalizar o embate com o STF, projeta o conflito institucional em cenário internacional — e pode servir de combustível para a agenda bolsonarista de revanche jurídica.
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