Presidente do INSS alerta para risco de “pânico” com Nikolas Ferreira em relatoria da CPMI
Gilberto Waller Júnior critica uso de dados falsos em vídeo viral que inflamou receio de aposentados antes mesmo de definição da comissão

Em 2 de julho de 2025, Gilberto Waller Júnior, presidente do INSS, manifestou preocupação em entrevista sobre a repercussão de um vídeo do deputado Nikolas Ferreira, que associava inconsistências em descontos a um prejuízo de até R$ 90 bilhões — informação que classificou como falsa e capaz de gerar pânico entre aposentados e pensionistas.
Vídeo que causou alarme
O parlamentar bolsonarista afirmou em vídeo viral que descontos associativos levaram a perdas bilionárias na Previdência. Waller alertou que a postura alarmista pode causar dúvidas indevidas e induzir beneficiários a contratarem advogados ou a desconfiar de seus benefícios, agindo de forma precipitada.
Transparência como condição
O presidente do INSS defendeu que a CPMI do INSS pode ser produtiva, desde que pautada por informações verdadeiras — “se for para informar, será bem-vindo; se for para gerar espetáculo e desinformação, não vale a pena”. Reforçou que a população precisa de clareza, não de sensacionalismo.
Ação institucional adotada
Para conter o mal‑estar, o INSS lançou campanha direcionada a aposentados e pensionistas, esclarecendo que não foram constatados descontos abusivos. Conteúdos informativos foram distribuídos a cerca de 27 milhões de beneficiários com o objetivo de tranquilizar e evitar golpes e cobranças indevidas.
Por que isso importa
- Proteção aos vulneráveis: ao impedir o espalhamento de falsas informações, evita-se que idosos tomem decisões precipitadas ou sejam vítimas de oportunistas.
- Equilíbrio na CPMI: um relator combativo pode ter visibilidade, mas o temor é que priorize espetáculo em vez da investigação.
- Desafio institucional: a tensão entre transparência e sensacionalismo revela riscos na condução de uma comissão que lida com temas delicados e população fragilizada.
Conclusão
O recado de Waller demonstra que a CPMI do INSS deve ser conduzida com precisão técnica e cautela institucional. Com a indicação de Nikolas ainda indefinida, o foco precisa ser na correção de falhas previdenciárias — não no medo — e supervisionada por quem privilegie o bom combate informativo, não o sensacionalismo político.
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