O futuro do pedido de impeachment contra Flávio Dino feito por Nikolas Ferreira
Senado sinaliza arquivamento de demanda baseada em fala descontraída — e bolsonaristas ameaçam reagir

Em 2 de julho de 2025, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, confirmou que não vai pautar o pedido de impeachment do ministro do STF Flávio Dino, apresentado pelo deputado Nikolas Ferreira. Na avaliação do comando da Casa, a ação não possui justificativa política ou jurídica suficiente.
Motivações de Nikolas Ferreira
O pedido se baseia em uma fala feita por Dino durante uma aula magna, quando mencionou a formação de uma “chapa imbatível” no Maranhão. Nikolas interpretou como crime de responsabilidade, mas o teor da declaração foi considerado pelos aliados de Dino meramente desencontrado — sem envolver conduta violadora da Constituição.
Avaliação na presidência do Senado
Alcolumbre comunicou que não veem “justificativa para analisar o afastamento” do ministro. O posicionamento estaria alinhado com o relatório de líderes que apontam o pedido como repetição de tentativas sem base concreta — com risco até de retaliações políticas, durante 2027, por parte de senadores que o apoiaram.
Conflito com bolsonaristas
A decisão do presidente do Senado irritou a ala bolsonarista, que apostava no impeachment para desgastar o STF e mobilizar militância. Em contrapartida, circulam rumores de que, se Alcolumbre mantiver esse veto, pode perder apoio de aliados conservadores — especialmente na corrida para se reeleger em 2027.
O que tende a acontecer
- Arquivamento automático: sem agenda ou urgência, o pedido ficará paralisado na Mesa do Senado — caminho comum para petições sem respaldo.
- Sem base política: sem parecer favorável de comissão nem maioria qualificada, não será apresentado ao plenário.
- Efeito político simbólico: ainda que frustrante para a direita, a manobra tem baixo impacto prático, mas expõe divisões no campo bolsonarista.
Conclusão
O pedido de impeachment contra Flávio Dino, embora mobilize setores bolsonaristas, não decola no Senado. A ausência de sustentação e a postura do presidente da Casa indicam arquivamento em curto prazo. O episódio reforça que a retórica de enfrentamento ao STF não necessariamente se traduz em ação legislativa — e que o bolsonarismo enfrenta tensões internas ao confrontar limites institucionais.
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