Ministro recusa pedidos protelatórios e mantém cronograma firme para julgamento

Em primeiro lugar, nesta segunda-feira (30/06/2025), o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que apura o chamado “núcleo 1” da trama golpista, deixou claro: não serão admitidos tumultos processuais. Em despacho, ele negou solicitação da defesa de Jair Bolsonaro para anexar mais documentos produzidos pelo ex‑ajudante de ordens Mauro Cid e reforçou que o andamento segue sem interrupções.


Rejeição a pedidos protelatórios

Para Moraes, o objetivo dos advogados seria atrasar o julgamento. Ele afirmou que “não será admitido tumulto processual e pedidos que pretendam procrastinar o processo”, garantindo que o curso da ação penal seguirá normalmente — com análise de questões apresentadas no momento adequado.


Provas da rede social

A negativa veio após a defesa alegar inconsistências nas declarações de Mauro Cid, ao sugerirem que ele ocultou uso de redes sociais. Entretanto, dados da Meta e do Google apontaram claramente que uma conta no Instagram (@gabrielar702) foi registrada a partir de uma conta vinculada ao próprio tenente‑coronel — indicativo que corroborou o conteúdo do interrogatório.


Próximas etapas processuais

Na última semana, Moraes abriu prazo de 15 dias para as defesas de Bolsonaro e outros sete réus apresentarem as alegações finais; a Procuradoria‑Geral da República terá o mesmo prazo. Finalizadas essas manifestações, será agendada a data do julgamento — que definirá condenação ou absolvição dos acusados.


Por que isso importa

  • Evita atrasos estratégicos: bloqueia tácticas defensivas voltadas apenas a prolongar o processo.
  • Preserva credibilidade da apuração: a partir de elementos técnicos, reforça a solidez probatória sobre Cid.
  • Acelera resolução judicial: ao cumprir prazos e evitar embargos, aproxima o desfecho de um dos casos mais sensíveis da instabilidade institucional recente.

Conclusão

Ao afirmar que “não vai admitir tumulto processual”, Moraes encarna postura de firmeza. O STF segue firme em seu papel institucional, evidenciando que não será desviado do cronograma nem das provas reunidas — com a trama golpista entrando em momento decisivo e vindoura definição do destino político de seus protagonistas.


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