Partidos de direita da base aliada criticam tributação dos super‑ricos
União Brasil e Progressistas divulgam campanha contra reforma do Imposto de Renda, debatida pelo governo Lula

Em primeiro lugar, dois partidos de perfil conservador da base aliada do governo Lula — União Brasil e Progressistas — lançaram uma campanha de grande impacto nas redes sociais, com uso de vídeo e narrativa crítica à proposta de reforma do Imposto de Renda que mira os super‑ricos.
A ofensiva política
Em primeiro lugar, o conteúdo divulgado enfatiza supostos riscos de um “Estado inchado” e insinua que a reforma tributária sobrecarregaria o cidadão comum. A peça compara trabalhadores à bezerros puxando carroças pesadas, enquanto pessoas de terno adicionam mais sacos, numa clara alegoria à ideia de que a população trabalhadora estaria pagando a conta para sustentar privilégios.
Os vídeos foram produzidos com recurso de inteligência artificial e compartilhados nas contas oficiais dos partidos e de seus líderes, causando repercussão imediata na comunidade política. /cite
O que está em jogo
Por outro lado, a proposta defendida pelo governo pretende criar isenção de IR para salários de até R$ 5 mil mensais, reduzir o custo tributário para classes médias e implementar uma cobrança mínima sobre grandes rendimentos — incluindo dividendos, lucros bancários e apostas online. Isso representa uma tentativa de promover justiça fiscal e corrigir distorções históricas no sistema tributário.
Reação e estratégias
Havia preocupação dos partidos de direita com o aumento das despesas públicas, incluindo ampliação do Estado e aumento do número de ministérios. A campanha defende que a reforma seria prejudicial, usando tom alarmista para transmitir a ideia de que os trabalhadores seriam os sacrificados.
Por que isso importa
- Batalha narrativa: o embate entre discurso social e discurso fiscal traz à tona a disputa pela interpretação pública da reforma tributária.
- Base aliada dividida: mostra que nem todos os partidos que compõem a coligação do governo Lula apoiam integralmente a proposta.
- Pressão política: a campanha pode influenciar deputados a votarem contra a proposta, mesmo que contemple ganhos para as classes médias e baixa.
Conclusão
União Brasil e Progressistas deixaram claro que, com armas retóricas e recursos de inteligência artificial, pretendem marcar posição contra qualquer movimento que se aproxime de tributar a elite. O governo encara a ofensiva como parte fundamental do embate — cujo desfecho dependerá de capacidade de convencer o Congresso e a sociedade de que a justiça fiscal é uma urgência nacional.