“Quem está protegendo Zambelli e lhe dando dinheiro?”, questiona deputado italiano
Angelo Bonelli pressiona Itália sobre abrigo e financiamento de parlamentar condenada no Brasil

Em primeiro lugar, o deputado italiano Angelo Bonelli — líder da Aliança Verde — voltou a protagonizar um duro questionamento ao governo da Itália: quem estaria apoiando logísticamente e financeiramente a deputada Carla Zambelli, condenada no Brasil e foragida no país europeu?
O caso em detalhes
Em 5 de junho de 2025, Zambelli desembarcou em Roma vinda de Miami. Até aí nada incomum — exceto que seu alerta vermelho foi emitido pela Interpol apenas quatro horas e meia depois de sua chegada. Bonelli aponta que, na prática, autoridades italianas não só falharam em monitorá-la como agora supostamente estariam permitindo que ela permaneça em solo italiano sem cumprir o mandado de prisão emitido no Brasil.
O cerne da acusação
O deputado italiano critica a aparente ação combinada:
- Omissão institucional: apesar de a investigação brasileira ter informado sobre o mandado, o governo italiano não deteve nem acompanhou judicialmente Zambelli.
- Suspensão popular: mais de 25 dias após sua chegada, as autoridades ainda não confirmaram onde ela estaria — nem se estão conduzindo medidas de extradição ou as escondendo em negociatas.
- Financiamento sombrio: Bonelli questiona diretamente quem está bancando seus custos na Itália — algo que ele considera “crime”, já que ela figura como procurada em nível internacional.
Implicações diplomáticas e jurídicas
Esse questionamento político acende um farol sobre questões sensíveis:
- Tratado de extradição em xeque: se a Itália se omite ou pactua com o silêncio, isso fere o acordo bilateral com o Brasil.
- Impacto diplomático: a situação expõe uma tensão entre os interesses internos da Itália e sua obrigação internacional.
- Aperto legal: Bonelli já protocolou interpelações formais em Roma exigindo respostas sobre paradeiro, custeio de estadia e eventuais negociações coachadas.
A resposta oficial
Até agora, as autoridades italianas afirmam não saber onde Zambelli está e garantem que mantêm comunicação com o Ministério Público, mas não confirmam qualquer ação concreta para execução do mandado. A postura tem sido interpretada por parlamentares como omissa ou conivente.
Conclusão
O caso tem reverberações maiores do que aparenta. Não se trata apenas de um crime de fuga ou condenação — mas de como nações democráticas lidam com foragidos políticos que utilizam brechas de cidadania dupla para escapar da justiça. Bonelli exige clareza, e a partir daí se mede o compromisso italiano com a lei internacional e a cooperação judicial entre países. A pergunta que ecoa é simples, mas pesada: quem está realmente sustentando Zambelli, enquanto ela foge de uma condenação de 10 anos?
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