EUA pressionam o Brasil para instalar bases militares estratégicas
Diplomatas americanos buscam acesso a Fernando de Noronha e Natal sob argumento histórico e estratégico

Diplomatas ligados ao entorno de setores republicanos dos EUA estariam buscando acesso operacional irrestrito a bases brasileiras estratégicas como a de Fernando de Noronha e a de Natal. O argumento central empregados é um suposto “direito histórico de retorno” baseado em ações realizadas durante a Segunda Guerra e a Guerra Fria.
1. Estratégia geopolítica no Atlântico Sul
Fernando de Noronha se destaca como ponto ideal para vigilância oceânica e inteligência, aproveitando sua posição no corredor marítimo entre a América do Sul e a África. A base de Natal, por sua vez, oferece infraestrutura robusta para reabastecimento aéreo, evacuação médica e projeção estratégica com uso de aeronaves heavylift.
2. Fundamento jurídico contestado
A justificativa do “direito histórico de retorno operacional” não encontra respaldo em tratados internacionais atuais, sendo uma interpretação informal com aceitação limitada por think tanks. O uso de precedentes de acordos como Lend-Lease e cooperação militar não confere à demanda validade legal hoje.
3. Riscos de comprometimento da soberania
Especialistas alertam que tal acesso sem registro formal viola a Constituição, que exige autorização do Congresso para cessão de bases militares a forças estrangeiras. Esse tipo de concessão poderia configurar verdadeiros enclaves estratégicos, ferindo princípios de soberania nacional.
Por que isso importa
- Desalinharia a política externa brasileira, historicamente marcada pela neutralidade.
- Poderia abrir precedentes perigosos no uso de supostos “direitos históricos” por potências estrangeiras.
- A presença militar americana no Nordeste afetaria o equilíbrio geopolítico no Atlântico Sul, envolvendo interesses da China e Rússia.
Não acho que o Brasil deva ceder aos EUA, para a instalação de bases militares em nosso território.