Zambelli não pode ser presa em casa e extradição pode levar até um ano, diz embaixador
Renato Mosca resume entraves do processo legal italiano contra a deputada foragida

O embaixador Renato Mosca afirmou que o processo de extradição da deputada Carla Zambelli, condenada a dez anos de prisão por invasão de sistemas do CNJ, pode demorar até um ano para ser concluído. De acordo com ele, o rito judicial italiano envolve diversas etapas legais e políticas, além de possíveis recursos, o que torna o andamento naturalmente lento.
Prisão somente em locais públicos
Sem mandado de busca domiciliar válido na Itália, Zambelli não pode ser presa em sua residência. A detenção só ocorrerá se ela for encontrada em local público ou se houver autorização judicial específica para prisão domiciliar.
Trâmite burocrático e judicial
O processo inclui: análise do pedido de extradição pelas cortes italianas, avaliação quanto às condições carcerárias no Brasil, decisões políticas do governo italiano, e a possibilidade de recursos judiciais. Esse conjunto de etapas pode estender o processo por vários meses, segundo o embaixador.
Localização incerta
Há indícios de que a deputada possa estar em Roma ou Nápoles, mas ainda não há confirmação oficial de seu paradeiro. As autoridades italianas continuam investigando, seguindo pistas sem tornar pública a situação.
Implicações diplomáticas
O diplomata destacou que o caso é conduzido dentro do escopo jurídico e técnico, atuando com base no tratado de extradição entre Brasil e Itália. Ele garantiu que, apesar do contexto político, será respeitado o devido processo legal, sem interferência partidária.
Por que isso importa
- Demonstra que extradições envolvem prazos longos, mesmo para figuras públicas.
- Reafirma a centralidade do due process no direito internacional.
- Abre precedente para futuros casos de políticos foragidos com dupla cidadania.