Eduardo Bolsonaro irritado com Tarcísio por falta de ação sobre sanções a Moraes
O deputado acusa o governador de São Paulo de omissão diplomática em Washington, e tensiona ainda mais a relação política entre os dois dentro do bloco conservador.

1. Disputa diplomática nos EUA
Eduardo Bolsonaro, em missão nos Estados Unidos para buscar apoio político e diplomático para sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, demonstrou irritação com a falta de iniciativa de Tarcísio de Freitas. Segundo o deputado, o governador de São Paulo poderia usar sua influência para ao menos iniciar diálogo com a administração Trump — algo que não foi feito em sua agenda recente fora do país.
2. Pressão por sanções a Moraes
A principal crítica de Eduardo é que Tarcísio, com sua posição e relevância política, deveria ter reservado espaço em suas reuniões nos Estados Unidos para tratar das sanções — objeto de mobilização da extrema-direita. A ausência de qualquer menção ao tema reforçou a visão de omissão e acomodação por parte do governador.
3. Estrategistas em confronto
O argumento de Eduardo Bolsonaro revela um choque de abordagens dentro do campo conservador:
- Eduardo Bolsonaro defende uma estratégia ofensiva e internacional, com antecipação de retaliações diplomáticas contra adversários internos.
- Tarcísio de Freitas prefere cautela institucional, evita confrontos diretos com o STF e busca manter perfil moderado, sobretudo visando a eleição presidencial de 2026.
O deputado também critica a proximidade de Tarcísio com o ministro Moraes, sugerindo que o governador evita entrar em campo para não sofrer desgaste político.
4. Riscos para a coesão conservadora
Esse embate expõe fissuras no bloco conservador:
- Fratura interna: disputa por protagonismo pode minar unidade estratégica;
- Percepção pública: conflito sobre ações agressivas versus equilíbrio institucional pode dividir o eleitorado da direita;
- Preparo eleitoral: mostra risco de rivalidades antecipadas, mesmo antes de 2026, entre lideranças emergentes do campo conservador.
O que observar agora
- Evidências de articulações públicas entre Eduardo Bolsonaro e aliados nos EUA acerca das sanções;
- Posicionamentos de Tarcísio sobre futuras ações diplomáticas ou declarações que reforcem seu distanciamento;
- Reações entre lideranças, imprensa e base sobre a disputa estratégica entre retórica agressiva e moderação institucional.
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