Base de Lula vota em peso e derruba decretos do IOF
Partidos com ministérios alinhados ao governo se uniram à oposição na Câmara, aprovando por 383 a 98 a sustação dos decretos que elevaram as alíquotas do IOF, evidenciando fragilidade da base aliada.

União inesperada na Câmara
Na quarta-feira (25/06/2025), a Câmara derrubou por 383 a 98 os decretos que elevaram o IOF, derrubando uma medida considerada vital pela equipe econômica do governo Lula.
O elemento surpreendente: grande parte dos partidos que ocupam ministérios — como União Brasil, MDB, PDT, PP, PSD, PSB e Republicanos — votaram em bloco contra o governo, demonstrando uma base aliada enfraquecida e dispersa.
Resultado contundente e alianças instáveis
Esse alinhamento inusitado entre centrais do Centrão e siglas tradicionalmente ligadas ao governo mostrou que a proposta enfrentava resistência além da oposição, sinalizando uma crise de articulação política.
A única exceção entre esses partidos foi o PSOL, que manteve total fidelidade ao governo.
Derrota que pega o governo de surpresa
A decisão foi vista como um dura “prova de fogo” para o Planalto. Apesar de uma negociação prévia que transferiu a relatoria para um parlamentar do PL, o presidente da Câmara, Hugo Motta, pautou o PDL sem avisar. Assim, a base parlamentar foi “salva” da articulação, e o governo não conseguiu reverter o placar.
Quebrando a estratégia fiscal
O governo contava com os R$ 10 bilhões previstos para 2025 com essa arrecadação. A revogação impõe a queda dessa estimativa, exigindo cortes imediatos ou busca por fontes alternativas — sem margem para improvisos.
Desgaste no Planalto e prognóstico futuro
- A votação evidencia a dificuldade do governo em manter a coesão da base aliada.
- Com urnas contrárias até entre aliados, o Executivo terá que redobrar esforço na articulação parlamentar.
- O resultado deve reverberar em medidas futuras sobre tributação, despesas e o papel do Centrão no jogo político.
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