Moraes amplia investigação e manda PF ouvir advogados de Bolsonaro e Wajngarten sobre obstrução
Ministro do STF investiga se defensores do ex-presidente tentaram obstruir apuração do golpe ao contatar familiares de Mauro Cid e pede depoimentos de Paulo Costa Bueno e Fábio Wajngarten.

Moraes investiga tentativa de obstrução
O ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal ouça, em até cinco dias, Paulo Costa Bueno, advogado de Jair Bolsonaro no inquérito do golpe, e Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secom no governo Bolsonaro. A investigação se refere a suspeita de tentativa de obstrução das apurações judiciais ao contatar o delator Mauro Cid e membros de sua família.
Base das suspeitas
A determinação tem respaldo em documentos e testemunhos apresentados pela defesa de Mauro Cid, que relatam abordagens feitas por intermediários — incluindo a filha de 14 anos do militar — em ambientes públicos como a Hípica de São Paulo. A acusação sustenta que defensores teriam tentado influenciar o colaborador sobre os termos de sua delação.
Contexto da trama golpista
As investigações estão inscritas na ação chamada de Operação Contragolpe, que apura a tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro, general Braga Netto, Cid e outros militares. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, firmou acordo de colaboração com a Justiça, enquanto Marcelo Câmara, outro acusado, teve sua prisão decretada por tentar obter informações sigilosas da delação.
O que se espera agora
- A PF deve colher os depoimentos de Wajngarten e Bueno no prazo de cinco dias.
- Também será anexado ao processo o laudo de extração de dados do celular da filha de Cid, entregue voluntariamente.
- Moraes considera que as ações descritas podem configurar crime de obstrução de investigação, previsto na Lei de Organização Criminosa.
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