Ex-presidente considera que a violência que sofreu impulsionou sua trajetória política e prega um Senado fortalecido como barreira ao poder do STF.

Facada de 2018 teria impulsionado o sucesso político

Em recente depoimento, o ex-presidente Jair Bolsonaro reconheceu que a facada sofrida durante a campanha de 2018 foi decisiva para impulsionar sua trajetória política. Ele afirmou que “a ajuda” que recebeu naquela situação serviu para consolidar sua narrativa e mobilização junto à base bolsonarista. As declarações reverberam entre aliados e críticos, reacendendo o debate sobre o papel de episódios traumáticos em carreiras políticas.


Senadores como freios ao STF

Bolsonaro também destacou que é preciso um “Senado forte”, preparado para contrabalançar decisões do Supremo Tribunal Federal. Ele criticou julgamentos que, em sua avaliação, favorecem determinados atores políticos e prejudicam o equilíbrio entre os Poderes. O ex-presidente defendeu que uma Câmara Alta com maioria independente seria essencial para defender direitos e garantir freios institucionais.


Contexto político atual

A declaração sobre o Senado ganha força no momento em que Bolsonaro articula influências políticas no Congresso, mesmo estando inelegível até 2030. Ele parece mirar na eleição de 2026, apontando possíveis candidatos ao Senado, como seus filhos Eduardo e Carlos. Com isso, busca garantir uma base parlamentar comprometida com sua visão institucional e com sua resistência ao STF.


Implicações para as eleições de 2026

  • Influência indireta: mesmo impróprio para ocupar cargos executivos, Bolsonaro segue ativo por meio de estratégias legislativas.
  • Construção de base senatorial: aposta em nomes alinhados a suas ideias para conter decisões judiciais.
  • Narrativa institucional: ao associar o atentado da facada à sua legitimidade política, reforça o argumento de que é vítima de perseguição judicial.

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1 comentário em “Bolsonaro admite ajuda da facada de 2018 e defende “Senado forte” contra o STF

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