China reage a OTAN e acusa uso de Pequim como pretexto para militarização
Pequim critica a aliança por justificar a expansão militar apontando ameaças chinesas, condenando o que chama de provocação e mind-set da Guerra Fria.

Beijing contesta narrativas ocidentais
A China reagiu com veemência às posições defendidas durante a cúpula da OTAN, afirmando que o bloco militar está aproveitando a “amença chinesa” como justificativa para reforçar sua presença e gastos militares globais. O governo chinês deplorou o que considerou uma postura provocadora e anacrônica, típica da Guerra Fria.
Avaliação negativa e alerta à OTAN
Em comunicado, Pequim classificou a OTAN como uma “máquina de guerra ambulante”, acusando-a de causar instabilidade onde atua. O Ministério da Defesa chinês reforçou que os exercícios e expansão militar no entorno da Ásia servem como “punir Taiwan”, enquanto declarações oficiais ocidentais são vistas como mentirosas e provocativas.
Contexto da escalada
Na cúpula em Haia, a OTAN anunciou elevação dos gastos com defesa ao patamar de 5% do PIB, mencionando ameaças de Rússia, Irã, Coreia do Norte e, sobretudo, a expansão militar chinesa. O comentário do secretário-geral da aliança, Mark Rutte, contribuiu para tensionar ainda mais a relação.
Por que isso importa
- Guerra de narrativas: a disputa diplomática mostra que a geopolítica atual ocorre tanto na arena militar quanto no campo da propaganda internacional.
- Fronteiras ampliadas: o foco da OTAN no entorno do Indo-Pacífico marca seu interesse em conter a influência chinesa, ampliando seu escopo muito além da Europa.
- Possível reação militar: com Pequim criticando medidas de expansão da OTAN, cresce a chance de novas demonstrações militares chinesas na região.
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