Em acareação tensa com o general Walter Braga Netto, tenente‑coronel Mauro Cid manteve versão da delação premiada que acusa o ex-ministro de articular plano golpista em 2022.

Confronto direto e versão reafirmada

Na manhã de 24 de junho de 2025, a acareação entre o tenente‑coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, no marco da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Cid manteve cada ponto de sua delação premiada intacto, afirmando que não houve qualquer pressão por parte da Polícia Federal para alterar seu relato.


Pontos centrais da delação

Cid reafirmou que Braga Netto participou de uma trama articulada entre o final de 2022 e início de 2023, cujo objetivo era inviabilizar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin. Segundo ele, o general teria fornecido dinheiro em espécie—entregue em uma caixa ou sacola disfarçada de vinho—para financiar a operação golpista, valor que supostamente foi repassado a um major que faria parte da rede logística do plano.


Acareações sucessivas e sequência no STF

Após cerca de 1h30 de confronto, que aconteceu a portas fechadas, houve nova acareação entre Anderson Torres e o general Freire Gomes, voltada a esclarecer divergências nos depoimentos sobre a mesma operação. As atas dessas sessões foram publicadas, mas sem audiovisual, reforçando o peso da documentação escrita.


Por que esse momento é crucial?

  • Fortalecimento da acusação: a confirmação da delação em ambiente formal reforça a investigação da Procuradoria‑Geral da República, que já acusa Braga Netto de tentativa de golpe e organização criminosa.
  • Pressão probatória: se os registros do Palácio da Alvorada forem acionados, como pretende a defesa de Cid, a presença de Braga Netto no local com caixa de vinho pode ganhar provas concretas.
  • Repercussão institucional: o caso traz à tona tensões democráticas envolvendo as Forças Armadas e o uso de recursos públicos para minar o processo eleitoral.

O que vem a seguir

Agora, o STF deverá aguardar as próximas etapas de instrução — inclusive novas perícias ou inquirições — para então julgar se os depoimentos e documentações reunidos são suficientes para condenação ou absolvição dos envolvidos.


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1 comentário em “Cid confirma delação que incrimina Braga Netto em acareação no STF

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