Defesa do general afirma que Mauro Cid apresentou versões contraditórias sobre repasse de dinheiro em caixa de vinho e que prerrogativas da defesa foram violadas.

Embate entre versões

Na acareação realizada no STF em 24 de junho de 2025, o advogado de Walter Braga Netto, José de Oliveira Lima, relatou que o general chamou o tenente‑coronel Mauro Cid de “mentiroso” em duas ocasiões, enquanto Cid permaneceu silente e com “a cabeça baixa” durante todo o confronto. A defesa qualificou o depoimento de Cid como recheado de contradições.


Crítica à ausência de gravação

A defesa lamentou que a acareação não tenha sido registrada em áudio ou vídeo, diferente de outros atos processuais, o que considerou uma violação às prerrogativas da defesa. Pedido para gravar foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, e mesmo a presença de registro pelos advogados foi recusada.


Principais inconsistências apontadas

Advogado apontou que Cid citou até três locais diferentes para a entrega da caixa de vinho com dinheiro — incluindo garagens, sala de ajudância ou estacionamento — sem apresentar provas materiais. “Como ele sabe o que tinha dentro de uma sacola lacrada?”, questionou.


Sobre a quantia e finalidade

Cid reafirmou que recebeu, em 9 de dezembro de 2022, uma caixa de vinho lacrada com dinheiro — segundo ele, para financiar o plano golpista “Punhal Verde e Amarelo”. O general, porém, negou qualquer repasse, sustentando que após abordagem inicial, indicou que Cid buscasse recursos com o tesoureiro do PL.


Impacto no processo

A persistência da defesa em anular a delação premiada de Cid, associada às contradições apontadas, pode enfraquecer a acusação contra Braga Netto. Por outro lado, se comprovadas as contradições e mantido o depoimento de Cid, o relato ganha reforço.


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