Magistrado da Vara de Execuções Penais de Uberlândia admitiu “equívoco lamentável” ao conceder liberdade a condenado por destruir relógio histórico em atos de 8 de janeiro — falha foi atribuída a erro de cadastramento no sistema.

O juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais de Uberlândia (MG), admitiu que cometeu um “equívoco lamentável” ao conceder liberdade a Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos pelo STF por quebrar um relógio histórico durante os atos golpistas de 8 de janeiro. A decisão foi revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, após falha no sistema de cadastramento.


Em primeiro lugar: erro de sistema

O magistrado relatou à Polícia Federal que o processo foi erroneamente registrado como de sua vara, em vez de origem do STF, o que o levou a conceder a progressão ao regime semiaberto. Se soubesse da competência superior, jamais teria liberado o réu.


Por outro lado: admissão pública

O juiz disse que respeita “todas as instituições” e que a falha não foi intencional. Classificou o erro de cadastramento como culpa única do sistema, e não de ordem judicial.


Acresce que: reversão imediata

Após a soltura, que ocorreu em 17 de junho, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata de Ferreira e instaurou investigação sobre o magistrado, ressaltando que apenas o STF pode deliberar sobre o regime de condenados por crimes ligados ao 8 de janeiro.


Metáfora crítica: ponte mal instalada

A situação se assemelha a uma ponte montada sem alicerces: o chão cedeu, o impacto foi imediato e o projeto inteiro teve de ser refeito — nesse caso, pelo Supremo.


Pergunta retórica

Se um erro burocrático pode libertar um condenado por ataque ao patrimônio histórico e à democracia, como confiar na solidez dos sistemas judiciais?


Consequências imediatas

  • O condenado voltou à prisão e segue sem tornozeleira eletrônica — acusação de descumprimento de normas.
  • A Corregedoria do TJ-MG abriu apuração, juntamente com investigação do STF.
  • Reforça a vigilância sobre processos com origem em cortes superiores.

Impactos institucionais

  1. Fragilização da confiança nos sistemas judiciais eletrônicos.
  2. Ameaça ao princípio da segurança jurídica, quando processos são trocados de competência.
  3. Tensão entre o STF e magistrados de primeira instância — relato de crises de alinhamento.
  4. Exemplo para futuros casos do 8 de janeiro, onde vigilância institucional é vital.
  5. Risco político e reputacional, afetando o Judiciário mineiro e nacional.

Conclusão

O reconhecimento do erro pelo juiz revela o risco de falhas burocráticas interferirem em decisões que envolvem crimes graves contra o patrimônio público e a democracia. A grande pergunta segue: se um cadastro errado pode libertar um condenado tão perigoso, o que mais ainda pode acontecer por trás das cortinas eletrônicas do sistema judicial?


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1 comentário em “Juiz diz que errou ao soltar homem que quebrou relógio do Planalto

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