No próximo dia 24, o STF promove confronto entre o delator Mauro Cid e o ex-ministro Braga Netto — teste de verdade entre versões conflitantes sobre o plano golpista.

O Supremo Tribunal Federal agendou para 24 de junho, às 10h, a acareação entre Mauro Cid e Walter Braga Netto, no âmbito da ação penal que investiga a trama golpista de 8 de janeiro. A defesa do ex-ministro insiste nas “contradições insanáveis” entre os depoimentos, buscando desqualificar o delator.


Em primeiro lugar: embate entre versões conflitantes

Cid acusa Braga Netto de ter entregue R$ 100 mil em uma sacola de vinho para custear o plano de golpe, além de ter discutido monitoramento e até assassinato de autoridades. Braga Netto nega, trata as declarações como mentirosas e afirma que o tenente-coronel foi coagido a delatar.


Por outro lado: rito jurídico controlado

A acareação será conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, com presença restrita a advogados, réus, PGR e juízo. O objetivo é esclarecer divergências centrais no depoimento de Cid e testá-las sob confronto direto.


Acresce que: cronologia processual estratégica

Após a acareação, a fase de diligências complementares se encerra — abrindo caminho para as alegações finais, com prazo de até quinze dias. O julgamento deve ser levado à Primeira Turma do STF até setembro, analisando se condenam ou absolvem os réus.


Metáfora crítica: duelo sem glória

A acareação funciona como um duelo silencioso — sem plateia nem aplausos, só risco de expor fraquezas. O ponto de decisão está na credibilidade: quem resistirá ao frio da sala sem escudos?


Pergunta retórica

Se um réu alega manipulação e outro delação coerente em detalhes, quem traduz a verdade? O silêncio de um pode valer tão alto quanto a fúria do outro.


Consequências imediatas

  • Pode esvaziar o argumento central da defesa de Braga Netto — se Cid se mantiver firme — ou lançar dúvidas sobre a delação.
  • Avança a reta final cronológica do processo, pressionando ministros a definirem data de julgamento.
  • Reacende debates sobre coerção ou lisura nas delações premiadas.

Impactos institucionais

  1. Precedente jurídico forte sobre acareações entre réus em infrações graves.
  2. Pressão sobre a delação de Cid, caso versões se provem inconsistentes.
  3. Reforço ao ritual de transparência judicial, ainda em recinto fechado.
  4. Tensão política recai sobre Bolsonaro, acusado de liderar o esquema.
  5. Vigilância social reforçada, à medida que o STF avança no caso do núcleo golpista.

Conclusão

A acareação entre Mauro Cid e Braga Netto é a sala de espelhos da justiça: cada um encarando sua versão, cada palavra pesa como evidência. A pergunta derradeira permanece: a verdade emerge clara — ou as sombras de contradições continuarão a moldar o julgamento?


VEJA MAIS
Putin anuncia produção em série do míssil Oreshnik com alcance de 5.500 km
Israel quer encerrar agressão ao Irã após sofrer retaliação “dolorosa”

Compartilhe:

1 comentário em “Mauro Cid e Braga Netto ficam cara a cara no STF em acareação decisiva

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.