Putin anuncia produção em série do míssil Oreshnik com alcance de 5.500 km
Durante discurso em academia militar, o presidente da Rússia declarou que começou a fabricação em massa do míssil hipersônico intermediário Oreshnik — capaz de atingir qualquer ponto da Europa e oeste dos Estados Unidos — e que já foi testado em combate na Ucrânia.

O presidente Vladimir Putin anunciou em discurso a militares o início da produção em série do míssil Oreshnik, arma hipersônica de médio alcance — capaz de atingir alvos a até 5.500 km de distância — já testada com “bom desempenho em combate” na Ucrânia.
Em primeiro lugar: o poder de fogo hipersônico
O Oreshnik é um míssil de alcance intermediário adaptado de tecnologia usada em outros sistemas russos. Ele alcança velocidade superior a Mach 10, é equipado com múltiplas ogivas (MIRV) e, segundo Putin, é “impossível de interceptar” pelas defesas ocidentais.
Por outro lado: uso operacional e testes
Segundo o presidente, o sistema foi usado pela primeira vez em novembro de 2024 contra instalações ucranianas em Dnipro — alegadamente para “vigilância política” — e demonstrou se sair “muito bem em condições de combate”. Fontes independentes confirmam Mach 10+ em voo hipersônico.
Acresce que: impacto estratégico na tríade
Putin afirmou que a produção em série do Oreshnik faz parte do reforço da tríade nuclear russa, incluindo mísseis Yars e bombardeiros Tu-160M. A decisão eleva a capacidade de dissuasão de Moscou e aumenta pressão sobre a OTAN.
Metáfora crítica: foguete como blefe tático
Lançar o Oreshnik não é disparar um míssil — é marcar campo de jogo. O rastro hipersônico é a palavra “parem” escrita no espaço, usando som e velocidade ao invés de tinta.
Pergunta retórica
Se as defesas ocidentais são incapazes de interceptar, por que não se intensifica o uso diplomático — ao invés de militar — de uma arma tão estratégica?
Consequências imediatas
- A OTAN entra em alerta para revisão dos sistemas antimísseis.
- Na Ucrânia, o anúncio reforça a percepção de que o conflito pode escalar para a dissuasão nuclear.
- Potenciais reprimendas internacionais e pressão diplomática sobre a Rússia.
Impactos geopolíticos
- Aumento da tensão nuclear, com capacidade de ataque à Europa Ocidental e costa oeste dos EUA.
- Demanda por expansão de defesas antimísseis nos EUA e Europa.
- Escalada em corrida armamentista, com Rússia consolidando tecnologia hipersônica.
- Reforço da narrativa de poder estratégico, com Putin usando o Oreshnik como trunfo diplomático.
- Precedente de armas MIRV em uso, alterando a lógica do equilíbrio nuclear global.
Conclusão
Com o Oreshnik entrando em produção, a Rússia eleva seu arsenal hipersônico a um nível que desafia defesas convencionais — e aciona uma contagem silenciosa no tabuleiro global: se a pontaria nuclear não é interceptável, por que renunciar à diplomacia antes de apertar o gatilho?
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