Trump propõe nova taxa de 3,5% sobre remessas de brasileiros aos EUA
Senadores dos EUA analisam proposta de taxar em 3,5% as remessas enviadas por brasileiros — aumento que combina retórica protecionista com impacto direto na população imigrante.

Uma proposta legislativa em análise no Senado americano prevê cobrar uma taxa de 3,5% sobre remessas feitas por brasileiros residentes nos EUA, elevando a retórica protecionista da era Trump a um nível que pode atingir diretamente famílias que dependem dessas transferências.
Em primeiro lugar: proposta concreta
O projeto aprovado pela Câmara e agora em tramitação no Senado busca taxar as remessas pessoais de brasileiros — incluindo valores enviados para parentes no Brasil — com impostos sobre os custos de transação e suposta necessidade de ressarcir serviços públicos.
Por outro lado: defesa de imigrantes
Organizações que representam a comunidade brasileira nos EUA alertam que a medida penaliza quem já enfrenta dificuldades econômicas, tributa quem mantém conexão com o país de origem e dificulta a transferência de recursos para sustentar famílias ou negócios no Brasil.
Acresce que: contexto protecionista
A proposta se soma a outras medidas da agenda Trump, como as tarifas de 10% sobre produtos brasileiros e aumento para 50% no aço e alumínio, sinalizando que remessas também entraram no radar do protecionismo econômico norte-americano.
Metáfora crítica: tributo à ponte entre famílias
Taxar remessas é como colocar pedágio na ponte que conecta famílias separadas por fronteiras — a viagem pode continuar, mas a travessia fica mais cara por quem carrega a própria história.
Pergunta retórica
Se as remessas são apoio familiar, por que tratá-las como operação comercial sujeita a taxas disciplinadoras?
Consequências imediatas
- Brasileiros enfrentam impacto no orçamento, com diminuição de poder de compra no Brasil.
- Empresas de transferência internacional terão que adaptar sistemas e incorporar cobrança adicional.
- Pressão política sobre deputados e senadores para derrubar medida antes de votação final.
Impactos geopolíticos
- Piora na imagem dos EUA entre imigrantes, reforçando narrativa de hostilidade.
- Reações diplomáticas do Brasil, incluindo eventual ativação da Lei de Reciprocidade Comercial.
- Aumento de volatilidade nas remessas: mais custo, menos volume, mais informalidade.
- Debate global sobre direitos migrantes: quando pagamento vira obstáculo à solidariedade familiar.
- Precedente preocupante: tributação sobre envio de recursos pode ser replicada em outros países.
Conclusão
A nova taxa de 3,5% — pequena no percentual, mas grande no simbolismo — demonstra o alcance da onda protecionista que pune migrantes em nome de uma retórica nacionalista. Resta perguntar: até que ponto famílias pagarão por isso — e quem se responsabiliza pelas consequências reais disso?
1 comentário em “Trump propõe nova taxa de 3,5% sobre remessas de brasileiros aos EUA”