Pastor Silas Malafaia critica o governo Lula por se posicionar contra o direito de defesa de Israel e classifica o regime iraniano como “terrorista pior do que nazismo”, evocando tom alarmista e retórica religiosa.

O pastor Silas Malafaia declarou em suas redes sociais que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva estaria apoiando o “regime terrorista do Irã”, ao se posicionar contra o direito de defesa de Israel. Ele classificou o Irã como um “terrorismo pior do que nazismo”, em referência ao passado histórico do Holocausto.


Em primeiro lugar: acusação grave

Malafaia afirmou que o governo Lula afronta a maioria cristã do país — cerca de 90% da população — ao divergir oficialmente da postura pró-Israel. Segundo ele, isso demonstra que o presidente “não representa” os valores dessa base religiosa.


Por outro lado: denúncia de violação de direitos humanos

O pastor apontou que o regime iraniano nega liberdades básicas, trata mulheres como cidadãos de segunda classe, persegue homossexuais e prega a destruição do Estado de Israel — fatores que, segundo ele, justificam a comparação com o nazismo.


Acresce que: defesa da aliança militar

Malafaia elogiou recentes operações de Israel e dos EUA contra o Irã, afirmando que “essa gente não pode ter o domínio de tecnologia para uma bomba atômica” e que o país representa perigo global.


Metáfora crítica: fé e política como reduto de militância

A retórica de Malafaia funciona como um escudo religioso colocado sobre a mesa geopolítica: espiritualiza a defesa militar, inflama a base cristã e transforma alianças internacionais em expressão de fé.


Pergunta retórica

Se um governo deve representar toda a população, por que adotar posição contrária à maioria religiosa — e adotar postura que Malafaia classifica como extremista?


Consequências imediatas

  • A mensagem reforça polarização em torno do Itamaraty e da política externa.
  • Ativa mobilização da base evangélica em redes sociais por causas “religiosas e geopolíticas”.
  • A intransigência retórica dificulta diálogo diplomático moderado com o Oriente Médio.

Impactos institucionais

  1. Pressão sobre o Itamaraty, que já emitiu nota diplomática criticando ataques iranianos.
  2. Esforço de Lula para manter aliança global, entre China, Irã e países de maioria cristã.
  3. Legitimação política por meio do discurso religioso, promovido por influenciadores como Malafaia.
  4. Risco de intensificação do debate sobre laicidade do Estado, sobretudo em ano eleitoral.
  5. Nova frente de mobilização da direita religiosa, definida pelo “apoio a Israel” como bandeira de fé nacional.

Conclusão

A acusação de Malafaia — que vai além de crítica política e retoma traços de retórica religiosa e alarmista — sinaliza um conflito interno sobre os rumos da política externa do Brasil. O pastor sugere que o país estaria no caminho de apoiar um regime considerado pior que nazismo, o que lança dúvidas sobre como equilibrar interesses diplomáticos e identidade religiosa em um país plural.


VEJA MAIS
Malafaia descarta Eduardo e revela favorito para 2026: “chapa pura”
CCJ abre prazo para Carla Zambelli se defender no processo de cassação

Compartilhe:

2 comentários sobre “Malafaia acusa Lula de apoiar Irã e chama governo de “bandido pior do que nazismo”

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.