Grupo alinhado ao PL mira o ministro Flávio Dino, do STF, após atritos por transparência em emendas parlamentares — estratégia amplia ofensiva contra o Supremo.

Além da ofensiva contra Alexandre de Moraes, bolsonaristas passaram a articular o impeachment do ministro Flávio Dino, com base em críticas à sua atuação sobre a transparência de emendas parlamentares, ampliando o eixo de ataque ao STF.


Em primeiro lugar: embasamento político

A articulação se apoia na posição de Dino como figura ativa no STF, cobrando publicamente explicações sobre uso de “emendas de comissão paralelas” e direcionamento de recursos da Saúde — ações que irritaram parlamentares ligados ao PL e ao Centrão.


Por outro lado: estratégia de poder

O movimento faz parte de uma tática mais ampla: o bloco bolsonarista busca conquistar maioria no Senado até 2026 para garantir abertura de processos contra ministros do STF. Colocar Dino nesse tabuleiro reforça caráter institucional da pressão.


Acresce que: repercussão institucional

Na última semana, Dino convocou audiência pública no STF dedicada à transparência orçamentária — episódio usado pelos críticos para acusá-lo de intimidação do Congresso. A medida provocou reação imediata dos aliados de Bolsonaro, que passaram a defender formalmente o impeachment.


Metáfora crítica: ampliar a mira

A inclusão de Dino expande o raio de ação dos bolsonaristas dentro do STF — é como trocar uma flecha por uma saraivada, mirando não apenas o relator dos processos contra Bolsonaro, mas a cortina inteira do Judiciário.


Pergunta retórica

Se a preocupação é com o respeito institucional, por que incluir um ministro que age no sentido da transparência e fiscalização?


Consequências imediatas

  • Movimento reforça narrativa de “judicialização da política” diante da opinião pública.
  • STF passa a enfrentar crise política em dois vértices: Moraes e Dino.
  • Pressão pode restringir atuação fiscalizadora do Supremo sobre o Legislativo.

Impactos institucionais

  1. Erosão da percepção de independência do STF, com cortes sobre decisões baseadas em discurso político.
  2. Aumento da tensão entre os poderes, fragilizando o equilíbrio constitucional.
  3. Precedentes para novos pedidos de impeachment, tornando ministros vulneráveis a retaliações.
  4. Mobilização parlamentar intensa antes de 2026, com possível recrudescimento das pautas judiciais.
  5. Desafio à governabilidade, com crise institucional ameaçando clima político e opções legislativas.

Conclusão

Levar o impeachment a Flávio Dino consolida uma ofensiva contra o STF com impacto estratégico — mas o risco é alto: expor a Corte a ataques políticos pode desmontar a credibilidade institucional. A pergunta que fica é: a transparência virará argumento para silenciar quem controla o dinheiro público?


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