Presidente russo condena ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã como “agressão não provocada” e oferece apoio diplomático ao povo iraniano.

Em encontro no Kremlin nesta segunda-feira, 23 de junho, o presidente Vladimir Putin classificou os ataques norte-americanos às instalações nucleares do Irã como uma “agressão absolutamente não provocada”, sem base ou justificativa, e reafirmou o apoio da Rússia ao povo iraniano.


Em primeiro lugar: condenação contundente

Segundo Putin, os bombardeios dos EUA são injustificados, violam o direito internacional e arrastam o mundo para “linha muito perigosa”. Ele expressou profundo arrependimento pela escalada e ofereceu apoio diplomático como forma de ajuda ao Irã.


Por outro lado: apoio sem compromisso militar

O presidente iraniano Abbas Araqchi agradeceu à Rússia e classificou a ação iraniana como legítima autodefesa. Apesar do tratado de cooperação entre Rússia e Irã, firmado em janeiro, não haver cláusula de defesa mútua, Moscou se limitou a prometer esforços diplomáticos e mediação — sem oferecer auxílio militar concreto.


Acresce que: alerta sobre escalada global

Putin comparou a atual crise com uma involuntária escalada bélica envolvendo potências externas, e não apenas regionais. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou que o número crescente de participantes no conflito pode gerar contingência nuclear ou ambiental, referindo-se a potenciais vazamentos radioativos.


Metáfora crítica: acender tochas em barril precário

A postura norte-americana é comparável a acender tochas em barril prestes a explodir — o impulso militar não extingue tensões, apenas expõe o mundo a perigos que pedem repressão diplomática, não novas faíscas.


Pergunta retórica

Se Putin teme que isso leve a “linha muito perigosa”, por que ainda permitimos que o barril continue aceso perto do pavio?


Consequências imediatas

  • A Rússia reforça sua influência como mediadora, ao se apresentar como contraponto aos EUA.
  • O Irã ganha respaldo diplomático, mesmo sem entrega de armamentos.
  • Potências ocidentais encaram Moscou como peça-chave na prevenção de escalada nuclear ou regional.

Impactos geopolíticos

  1. Divisão no jogo global, com Rússia e Irã em bloco diplomático perante EUA e Israel.
  2. Poder simbólico reforçado por Moscou, ao se posicionar como bastião do direito internacional.
  3. Pressão sobre aliados ocidentais para buscarem diálogo, em detrimento de militarização.
  4. Risco de proliferação nuclear, se o conflito se agravar.
  5. Visibilidade internacional renovada sobre o Oriente Médio, com mediações pretendidas por novos atores.

Conclusão

Putin lançou um recado claro: o ataque dos EUA foi injustificado e perigoso, e a Rússia se posiciona como porta-voz e mediadora. Mas sem apoio militar, resta ver se o próprio Kremlin acabará oferecendo auxílio real — ou se será apenas diplomacia de retórica. A grande questão permanece: até quando a diplomacia poderá conter as faíscas, sem apagar o incêndio?


VEJA MAIS
Malafaia “rifa” Eduardo Bolsonaro e aponta Michelle como opção para 2026
Com pneumonia, Bolsonaro reafirma convite para ato na Paulista

Compartilhe:

1 comentário em “Putin recebe chanceler iraniano e adverte EUA: “agressão sem base ou justificativa”

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.