EUA atacam instalações nucleares iranianas: escalada entre Washington e Teerã
Em operação “Midnight Hammer”, bombardeiros B‑2 e mísseis subsônicos destruíram instalações de Fordow, Natanz e Isfahan; Irã retaliou com mísseis em direção a Israel e ameaça fechar o Estreito de Ormuz.

Na madrugada desta 22 de junho de 2025, os Estados Unidos executaram a Operação Midnight Hammer, uma ofensiva aérea que teve como alvo três instalações nucleares iranianas – Fordow, Natanz e Isfahan – num movimento inédito que insere Washington diretamente no conflito entre Israel e Irã.
Operação estratégica dos EUA
A ação mobilizou bombardeiros furtivos B‑2, equipados com bombas bunker‑buster GBU‑57, e mísseis Tomahawk lançados por submarinos, conforme comando direto do presidente Trump. O ataque visou “retardar significativamente” o programa nuclear iraniano, destacando que o alvo era “programas de armas” e não população civil.
Retaliação imediata do Irã
Em resposta, o Irã lançou mísseis balísticos e drones contra cidades israelenses como Tel Aviv e Haifa. A maioria foi interceptada, mas alguns causaram danos residenciais e feridos – intensificando a tensão regional .
Fechamento do Estreito de Ormuz?
O parlamento iraniano aprovou medidas que permitem o fechamento do Estreito de Ormuz, rota vital para cerca de 20% do petróleo mundial. A ação visa protestar contra os ataques e ameaça interromper US$ 1 bilhão por dia em exportações, embora possa ser contraproducente para a economia iraniana.
Avaliação política e militar
A Casa Branca e Israel apresentam o ataque como parte de um esforço coordenado. Trump enfatizou que não busca regime change, mas nega envolver tropas terrestres. No entanto, houve debate acalorado sobre se o presidente agiu fora da alçada do Congresso.
Metáfora crítica: a fagulha que vira enxurrada de fogo
A ofensiva americana é como acender o pavio de um barril já cheio: um golpe que sacode a região, ameaça acionar explosivos diplomáticos e econômicos em cadeias frágeis e acende uma guerra que ninguém sabe onde vai parar.
Pergunta retórica
Se a operação visava apenas “programas de armas”, como justificar mísseis sobre zonas civis quando o Irã reagiu — e qual será a próxima fagulha que provoca a conflagração total?
Consequências imediatas
- Ativação total dos sistemas antiaéreos em Israel e alerta máximo para civis.
- Reações simultâneas nos EUA e juristas questionam legalidade sem aprovação do Congresso.
- ONU convoca reunião de emergência por apelos do Irã; aliados ocidentais pedem contenção.
- Ameaça ao Estreito de Ormuz pressiona o mercado petrolífero e vulnerabiliza a economia global.
Impactos geopolíticos
- Escalada global: poder aéreo dos EUA entra diretamente.
- Ruptura diplomática: Irã interrompe negociações e ameaça romper Tratado de Não-Proliferação.
- Instabilidade no petróleo: risco de disparada de preços e voos desviados.
- Militarização do mar: navios de guerra dos EUA e Reino Unido se posicionam.
- Domínio regional contestado: Hezbolláh, Houthi e outros grupos aliados podem intensificar retaliações.
Conclusão
A ação americana contra instalações nucleares iranianas representa um divisor de águas: Washington emergiu como ator direto da guerra Israel–Irã, abrindo caminho para retaliação intensificada e possivelmente afetando a segurança global. Em resumo: será que a paz ainda tem lugar nesse tabuleiro explodido?
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