Após diagnóstico de pneumonia viral e novo ciclo de exames, ex-presidente exibe cicatrizes da facada enquanto fala sobre evolução do pós-operatório.

Na manhã deste sábado (21/6), o ex‑presidente Jair Bolsonaro deixou o Hospital DF Star, em Brasília, exibindo as cicatrizes no abdômen resultantes da facada de 6 de setembro de 2018. Ainda sob acompanhamento médico, ele foi submetido a exames após episódio recente de soluços, vômitos e infecção pulmonar.


Em primeiro lugar: diagnóstico de pneumonia viral

Na última semana, Bolsonaro apresentou mal‑estar com calafrios, náuseas e um quadro irritativo de soluços. Após avaliação médica, foi diagnosticado com pneumonia viral. A equipe indicou antibioticoterapia, acompanhada de tomografia de tórax, hemograma e exames de urina e sangue.


Por outro lado: evolução do quadro abdominal

Durante seu pronunciamento à imprensa, Bolsonaro afirmou que “os soluços e vômitos surgiram por causa da facada” e elogiou a última cirurgia como bem‑sucedida. Segundo o cirurgião Cláudio Birolini, responsável pela intervenção em abril, a cicatriz está bem fechada, sem sinais de complicações intestinais.


Acresce que: trajetória de saúde marcada por 7 intervenções

Desde 2018, após o atentado, Bolsonaro passou por pelo menos sete cirurgias abdominais, incluindo reconstrução da parede intestinal e retirada de aderências. Em abril, foi realizada nova intervenção para desobstrução intestinal. O ex‑presidente destacou que espera não precisar de mais cirurgias.


Metáfora crítica: o corpo como registro político

As marcas no abdômen funcionam como um cartão de visita da violência política — cada cicatriz conta a história de um país polarizado. O corpo carrega sequelas, o discurso carrega estratégia. Essa combinação é sinal de que, enquanto a ferida cicatriza, a política segue aberta.


Pergunta retórica

Se a saúde nacional influencia a liderança pública, por que o tratamento de Bolsonaro segue sob holofotes — e não num canto reservado ao médico?


Consequências imediatas

  • O ex-presidente cancelou atividades e permanece em observação até o término do tratamento.
  • A equipe médica avalia internação até a conclusão do curso de antibiótico.
  • O episódio reforça os alertas para o histórico de saúde fragilizado de Bolsonaro, de 70 anos.
  • A circulação videográfica da cicatriz fortalece a narrativa midiática de “sobrevivência” versus agenda política.

Impactos simbólicos e políticos

  1. Imagem de resiliência reforçada, capaz de unir setores do eleitorado.
  2. Alívio de dúvidas médicas, porém reacende debates sobre elegibilidade e capacidade para atividades públicas.
  3. Custo político da exposição, com riscos de interpretações conspiracionistas.
  4. Mobilização de narrativas eleitorais, com a saúde tornando-se palco político.
  5. Pressão por transparência médica, reforçando que a imagem do candidato é também documento de campanha.

Conclusão

Ao mostrar as cicatrizes ao deixar o hospital, Bolsonaro reforça duas frentes: a da recuperação médica e a da narrativa pública. O corpo cicatrizado convive com a política que ainda pulsa em suas veias — e a pergunta permanece: saúde como símbolo, ou exposição como estratégia?


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