Senador do PL cobra pautar projeto de anistia ampla, ironizando negociata que abriria brecha para "meia‑anistia".

Nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, o senador Flávio Bolsonaro declarou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, teria descumprido o compromisso firmado durante a campanha para eleição da Mesa Diretora. O objeto da promessa seria a inclusão imediata no plenário de um projeto de anistia ampla aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Em primeiro lugar: promessa descumprida

Flávio afirmou que Alcolumbre garantiu apoio irrestrito à tramitação do projeto e que, com assinaturas e votos suficientes, a matéria estaria no plenário. Segundo o senador, o trato foi abandonado: “não foi esse o compromisso que ele teve conosco”, reforçou a cobrança.

Por outro lado: reação de “meia‑anistia”

O próprio Alcolumbre, aliados e interlocutores informaram nas negociações que uma versão intermediária estava em elaboração — reduzindo penas para alguns, mas penalizando líderes e financistas. Flávio chamou esse modelo de “meia‑anistia” e alertou que o PL não aceitará pauta parcial.

Acresce que: tensão institucional

O episódio ocorre em meio a crescentes articulações legislativas e judiciárias para reformas institucionais. Existem narrativas conflitantes sobre limites do Congresso e interferência do STF, com elites políticas discutindo a melhor forma de dar sequência às pautas polêmicas, entre elas a anistia.

Metáfora crítica: promessas viram vazios

O senador do PL acusa o presidente do Senado de transformar palavra em vazio — uma promessa que sustenta expectativa popular e agora ecoa como ausência. A divergência traduz uma inversão: o Senado promete, mas não cumpre – e isso impacta diretamente o equilíbrio político do país.

Pergunta retórica

Se havia acordo e apoio suficientes para a iniciativa da anistia, por que entregar ao plenário apenas uma versão diluída, que fere o trato original?

Conclusão engajada

A militarização simbólica da narrativa jurídica volta ao centro do debate político. Resta saber se a bancada do PL levará seu recado adiante ou se a promessa voltar-se-á contra seus próprios defensores. A sociedade merece transparência: uma palavra cumprida ou um silêncio — e sua consequência institucional — seguirá reverberando.


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