Carluxo admitiu envio de US$ 10 mil aos EUA após derrota do pai, revela depoimento
Vereador Carlos Bolsonaro confirmou à PF transferência de recursos para os EUA por receio de crise econômica com retorno de Lula, hoje ele declara ter US$ 30 mil fora do Brasil.

Carlos Bolsonaro informou à Polícia Federal, em depoimento prestado em abril, que enviou US$ 10 mil (cerca de R$ 60 mil) para uma conta nos Estados Unidos logo após a derrota eleitoral de seu pai em 2022. O motivo, segundo ele, foi o medo de uma crise econômica com a posse do presidente Lula.
Em primeiro lugar: remessa motivada pelo temor econômico
De acordo com o relatório, o vereador realizou a transferência para o BB Americas Bank em 2022. Quando, em 2023, o banco fechou sua conta por questões de compliance ligadas à investigação da “Abin Paralela”, ele realocou os recursos em outras instituições nos EUA.
Por outro lado: valor em crescimento e declaração legal
Carlos declarou que, atualmente, mantém cerca de US$ 30 mil aplicados nos EUA, valor devidamente informado em sua Declaração de Imposto de Renda. A PF não identificou irregularidade na transferência de dinheiro, mas constatou indícios de envolvimento com dossiês produzidos pela Abin.
Acresce que: investigação e indiciamento
Embora a remessa tenha sido considerada legal, a PF indiciou Carlos Bolsonaro por organização criminosa, ao considerar que ele teria recebido informações ilícitas da Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro.
Metáfora crítica: dólar como freio e narrativa
O envio de dólares simboliza uma fuga do risco econômico – um freio financeiro. Mas também escancara uma inversão de foco: enquanto o dólar avança, a base de apoio político parece depender do pânico criado.
Pergunta retórica
Se a lei não impediu o envio de recursos, por que há tanta facilidade em acusar Carluxo de crime quando a investigação se volta à inteligência?
Conclusão engajada
O caso exige mais do que narrativa simplista — requer transparência total. A imprensa e os cidadãos precisam questionar os porquês por trás da dolarização familiar e exigir clareza judicial sobre o uso político da investigação.