Documentos apreendidos pela Polícia Federal revelam que um PowerPoint em posse de aliados de Braga Netto delineava cenários para o dia anterior ao 7 de setembro e as ações do chamado “Day After” — com operacionalização da GLO, mobilização militar e pressão institucional contra STF e Congresso.

A Polícia Federal localizou arquivos de PowerPoint, vinculados a colaboradores do general Braga Netto, contendo estratégias para o dia anterior ao 7 de setembro e o “Day After” — indicando mobilizações preparadas, uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e pressão institucional contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso.


Plano detalhado no celular

Os slides, extraídos do celular do coronel Flávio Peregrino, auxiliam de Braga Netto, trazem 17 páginas com traçados de ações coordenadas. Entre as táticas: GLO preventiva, atuação militar em capitais e “desescalar sem desmobilizar” — sugerindo seguir mobilizados mesmo após o ato principal.


“Day After”: a ameaça pós-manifestação

O termo “Day After”, enfatizado nos documentos, aparece quando Bolsonaro foi interrogado no STF e tentou minimizar o conceito, classificando-o como imprevisível e disruptivo para a ordem. A PF, porém, identifica no PowerPoint intenção clara de uso do dia seguinte como ferramenta de pressão institucional .


Braga Netto como figura central

Os documentos reforçam o papel do general Braga Netto como coordenador estratégico do plano. Além da manipulação da narrativa sobre urnas eletrônicas, ele aparece como peça-chave na articulação dos mecanismos de pressão previstos para o “Day After”.


Perguntas para refletir

  • O uso coordenado da GLO antes e depois do 7 de setembro configura ação militar dentro do calendário democrático?
  • Como o STF deve lidar com o conceito de “Day After” como instrumento de coerção?
  • Esses documentos ampliam o entendimento sobre a participação de Bolsonaro e aliados na trama golpista?

Conclusão

O PowerPoint encontrado expõe um esquema complexo para o 7 de setembro e o dia seguinte, combinando mobilização militar, uso estratégico da GLO e pressão direta a instituições. A participação de Bolsonaro e Braga Netto se torna ainda mais translúcida, insurgindo debates sobre o uso da força e o Código Eleitoral — sob forte suspeita de planejamento golpista.


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