STF mantém confronto entre ex-ministro e delator para 24 de junho, mesmo com defesa alegando viagem internacional — decisão reforça ritmo dos duelos jurídicos no inquérito da trama golpista.

De uma só vez, a frase‑chave define o tom: Moraes nega adiamento acareação. Mesmo com o principal advogado de Walter Braga Netto alegando estar no exterior, o ministro Alexandre de Moraes — do STF — manteve a acareação marcada para 24 de junho entre o ex-ministro e Mauro Cid.


Necessidade institucional x situação da defesa

A defesa de Braga Netto, por meio de seu advogado José Luis Oliveira Lima, solicitou o adiamento sob argumento de viagem fora do país. Moraes, porém, reforçou que o ex-ministro é representado por uma equipe de seis advogados habilitados, que já participaram de audiências anteriores. Portanto, não houve cerceamento de defesa mesmo sem o advogado principal presente.


Acareação no contexto do processo

A acareação foi autorizada pelo próprio Moraes, a pedido da defesa, para confrontar versões sobre o plano “Punhal Verde e Amarelo”: Cid alega que Braga Netto participou de reunião e repassou dinheiro em sacola de vinho; este nega e afirma não ter conhecimento do suposto plano. O debate presencial visa esclarecer contradições entre os depoimentos.


Rigor técnico reforçado

Ao manter a data da audiência, Moraes reforça a lógica instituída: os prazos precisam ser cumpridos, os prazos não podem ser adiados por conveniência ou viagem de um único advogado. A mensagem é clara: a Justiça seguirá seu curso, mesmo diante de estratégias de defesa.


Perguntas para refletir

  • A manutenção da data preserva o ritmo do processo ou dificulta a defesa técnica?
  • A exigência de presença pode ser entendida como controle judicial ou firmeza institucional?
  • Até que ponto o rito processual deve ceder a interesses táticos?

Conclusão

A decisão de Moraes de manter a acareação entre Braga Netto e Cid, mesmo com a ausência de um advogado titular, evidencia a postura firme do STF: preservar o andamento da investigação sobre a trama golpista, sem concessões. É o teste definitivo de forças entre estratégias de adiamento e a exigência de liquidez jurídica.


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