Defesa busca impacto jurídico com revelação de troca de mensagens — acusação ameaça validade da delação premiada e força questionamentos institucionais.

Em primeiro lugar, fixamos a frase‑chave: advogado admite conversa com Cid. O criminalista Eduardo Kuntz — representando um dos réus da trama golpista — admitiu em audiência no STF que manteve conversas por Instagram com Mauro Cid durante o período em que o delator estava sob restrições legais. A defesa apresentou prints e gravações em vídeo para reforçar pedido de anulação da delação, alegando falta de voluntariedade.


Mensagens reveladas sacodem o processo

Segundo relatos, o advogado recebeu mensagens entre janeiro e março de 2024, inclusive imagens e selfies enviadas por Cid para comprovar a autoria. Cid teria criticado o delegado responsável e afirmado que o termo “golpe” foi inserido contra sua vontade. Ainda afirma que nunca mencionou a palavra “golpe” aos investigadores, segundo os prints entregues pela defesa.


Violação de acordo e distração jurídica

As conversas ocorreram quando Cid estava proibido de usar redes ou se comunicar com outros réus, o que, conforme a defesa, fere o acordo de colaboração. Também foram anexadas gravações de vídeo que indicam que o advogado checou a identidade do interlocutor. Para a linha de defesa, esse comportamento fragiliza a voluntariedade da delação.


Pressão institucional em curso

A defesa de Bolsonaro e de outros réus já embasam pedidos similares, alegando inconsistências e tentativa de controle sobre o delator. Enquanto isso, o ministro Alexandre de Moraes aguarda informações da Meta sobre o perfil usado, para autenticar autoria e origem das mensagens.


Perguntas retóricas para reflexão

  • Se um delator se comunica clandestinamente com réu, isso inviabiliza a delação?
  • Quem garante que mensagens no Instagram não manipulam a narrativa legal?
  • Será que essa estratégia de anulação busca blindar apenas aliados políticos ou defendê-los?

Chamada à ação

  1. Exigir clareza do STF sobre o impacto dessas trocas na validade da delação.
  2. Cobrar da Meta agilidade na entrega de dados à Justiça para não comprometer o processo.
  3. Pressionar a imprensa para cobrir o tema sem reducionismo técnico-jurídico.

Conclusão

O reconhecimento de que um advogado conversou com Cid pelo Instagram durante a delação pode chacoalhar o processo. Mais que estratégia jurídica, trata-se de teste institucional para definir se a Justiça aceita delações frágeis ou sanciona irregularidades. A hora é de atenção: a delação premiada não pode virar blindagem política.


VEJA MAIS
Moraes garante inquérito sobre milícias digitais até 2026 e desespera bolsonaristas
PF indicia Bolsonaro, Carlos e Ramagem por espionagem ilegal na “Abin Paralela”
Israel ataca hospital no oeste do Irã: caos civil em meio à escalada

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.