Senador e aliado são acusados de usar redes sociais para campanha antecipada e podem sofrer multa diária

O senador Sergio Moro, pré-candidato ao governo do Paraná, e o deputado estadual Mauro Moraes estão na mira da Justiça Eleitoral. A representação acusa ambos de propaganda eleitoral antecipada – publicações nas redes sociais estariam sendo usadas como estratégia de campanha antes do período legal permitido.


O que motivou a denúncia

A ação foi protocolada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e exige a suspensão imediata dos perfis “@sergiomorogovernador.pr” e “@mauromoraesemoro.pr”, no Facebook e Instagram. Caso o pedido não seja acatado, os envolvidos podem enfrentar multa de R$ 5 mil por dia.

Além disso, o documento requer que a plataforma Meta seja intimada a identificar os responsáveis pelos perfis administrados, apontando que Moro e o deputado “têm plena ciência e participam ativamente” das publicações por meio de curtidas, comentários e compartilhamentos.


Defesa e versão da acusação

Moro afirmou que não controla os perfis e que interações não significam responsabilidade direta sobre o conteúdo. O deputado Mauro Moraes também negou envolvimento direto com os perfis, justificando que suas interações são apenas com conteúdos relacionados às atividades parlamentares.


Por que isso é relevante

  1. Pré-campanha fora de hora: qualquer pedido de voto antes de 5 de julho do ano eleitoral caracteriza ato irregular – mesmo sem expressar “vote em mim”, o uso de “Magic Words” atribui intenção eleitoral.
  2. Efeito na disputa de 2026: com ambos em busca de apoio popular e visibilidade, o TRE-PR analisa se essas publicações veem como tentativa ilegal de influenciar votos precocemente.
  3. Consequências judiciais: além das multas, a condenação por propaganda eleitoral antecipada pode abrir caminho para sanções eleitorais como cassação de registro ou inelegibilidade, dependendo do caso.

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