No depoimento, Mauro Cid afirma ter presenciado a maioria das reuniões no Palácio da Alvorada onde o plano golpista foi discutido

Relato de Cid no STF

O tenente‑coronel Mauro Cid afirmou que participou ou assistiu à “maior parte” das reuniões golpistas no Palácio da Alvorada, em que o plano recebeu apoio e foi aprimorado por auxiliares de Jair Bolsonaro. Segundo ele, os encontros ocorriam na biblioteca presidencial, onde documentos com o conteúdo do golpe eram projetados em tela para os presentes.


Conteúdo e estrutura das reuniões

  • Os encontros incluíam ex-ministros, militares de alta patente e assessores, com apresentação de slides contendo a “minuta do golpe”.
  • Mauro Cid confirma que os presentes assistiam tais apresentações e ouviam os planejamentos que visavam prender ministros, intervir nas instituições e convocar novas eleições — ainda que não tenha detalhado o número de reuniões específicas.

Importância institucional

  • Por relatar ter visto essas reuniões, Cid reforça a acusação de Bolsonaro como condutor ativo da trama — contrariando tentativa de defesa que alega desconhecimento do golpe.
  • O uso de recursos audiovisuais dentro do Palácio reforçam a dimensão planejada e organizada do ato, retratando formalidade e intenção política.

O que pesa para Bolsonaro

  • A confirmação por Cid demonstra que o ex-presidente não apenas assistiu, mas possivelmente participou do debate sobre planos concretos de ruptura institucional.
  • Depoimentos como esse elevam o peso das provas contra Bolsonaro e justificam a acusação de tentativa de golpe, conforme tipificação da PGR e denúncia aceita pelo STF.

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