As sessões começam nesta segunda-feira (9), com delator na frente e interrogatório de oito réus, incluindo Bolsonaro e Moraes, sobre o plano golpista.

Pauta

  • ❗Nesta segunda (09/06), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid inicia a série de interrogatórios no Supremo Tribunal Federal (STF), que coloca oito réus em torno do “núcleo 1” da suposta trama golpista frente a frente com o relator Alexandre de Moraes
  • Os réus — Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto — serão ouvidos em ordem alfabética, com Bolsonaro sentado próximo ao delator Cid e a Moraes. Braga Netto participará via videoconferência por estar preso.
  • Cada réu será questionado primeiro por Moraes, depois pelo procurador-geral da República (Paulo Gonet) e, por fim, pelos próprios advogados.
  • O interrogatório é transmitido ao vivo pela TV Justiça e canal do STF no YouTube.

Por que é importante

  • Encontro histórico: Bolsonaro confrontará Moraes pessoalmente — uma primeira instância direta após o processo golpista.
  • Delator no topo da lista: Cid foi ouvido primeiro para que seu depoimento fundamental seja documentado antes que os demais falem.
  • Transparência e tensão pública: O formato ao vivo intensifica o impacto político do evento e torna as declarações públicas objeto de debate imediato .
  • Etapa final da instrução: Após os interrogatórios, o relator poderá marcar o julgamento final ainda neste ano, antes do início da campanha eleitoral de 2026.

Cronograma dos depoimentos (09–13 de junho)

DiaRéu interrogado
09/06Mauro Cid
10/06Alexandre Ramagem, Almir Garnier
11/06Anderson Torres, Augusto Heleno
12/06Jair Bolsonaro
13/06Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto (por videoconferência)

(Ordem alfabética, com Bolsonaro aguardado para terça-feira)


Conclusão

Começa uma fase crucial do processo: os interrogatórios vão definir o rumo da ação penal por tentativa de golpe de Estado, com repercussões políticas e institucionais profundas. A exposição ao vivo pode gerar forte impacto no debate público, enquanto Moraes avança no rito que pode consolidar-se como marco da responsabilização de autoridades por ameaças à democracia brasileira.


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