Presidente brasileiro volta ao tabuleiro internacional e tenta reabrir canais de diálogo entre as potências em guerra, enquanto o Ocidente finge mediar e lucra com o conflito

Lula em Moscou: quando o Brasil fala de paz e o mundo escuta

No momento em que a maioria dos líderes mundiais se omite ou se alinha à indústria bélica, o presidente Lula volta a ocupar um espaço que o Brasil conheceu em seus melhores dias: o da diplomacia altiva e ativa. Segundo fontes do DCM, Lula viajará à Rússia com o objetivo de intermediar um possível diálogo entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

Sim, o presidente brasileiro — criticado pela imprensa atlantista por “não escolher um lado” — está fazendo justamente o que se espera de um líder comprometido com a paz: dialogar com todos os lados e oferecer pontes, não bombas.

O retorno da diplomacia brasileira ao protagonismo

A viagem marca o segundo encontro de Lula com Putin desde que a guerra se intensificou. Em um cenário global tomado por hipocrisias — onde potências europeias e os EUA posam de defensores da democracia enquanto despejam bilhões em armamentos —, o Brasil se recusa a aceitar a lógica da guerra como solução.

Ao contrário da postura beligerante da OTAN, Lula aposta na tradição do Itamaraty: resolução pacífica de conflitos, soberania nacional e autodeterminação dos povos. E essa postura, criticada pelos belicistas de plantão, tem sido elogiada por países do Sul Global que se recusam a servir de linha auxiliar para a agenda de Washington.

O que Lula quer com Putin — e com Zelensky?

Mais do que uma foto, Lula busca uma fresta de negociação real. Ainda que os canais diplomáticos com a Ucrânia estejam enfraquecidos, o Brasil não desistiu de manter uma relação autônoma com Kiev — e insiste que só haverá paz quando as partes voltarem a dialogar.

Lula leva na bagagem o peso de quem foi ouvido em fóruns internacionais como o G20, BRICS, ONU e CELAC — e de quem representa um país que não aderiu ao fanatismo armamentista nem ao cinismo das sanções seletivas.

Enquanto o Ocidente lucra com a guerra, Lula oferece alternativa

É preciso dizer: a guerra interessa a muita gente poderosa. Interessa às empresas de armamentos, à geopolítica do gás, às estratégias de cerco militar da OTAN. Mas não interessa à população russa nem ucraniana, e muito menos aos países que pagam a conta da instabilidade global com inflação, crise energética e escassez.

Neste cenário, o Brasil se apresenta como voz dissonante — e por isso mesmo, fundamental.


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