Livre da cassação, Eduardo Bolsonaro já faltou a mais de 70% das sessões da Câmara em 2025
Ausência massiva pode abrir caminho para perda automática de mandato, ainda que processo no Conselho de Ética tenha sido arquivado

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está no centro de uma nova controvérsia parlamentar: dados oficiais apontam que ele já faltou **mais de 70% das sessões ordinárias da Câmara dos Deputados em 2025.
Apesar de ter tido o pedido de cassação arquivado pelo Conselho de Ética, o índice de ausências coloca em risco seu mandato — a Constituição prevê a perda automática do cargo para parlamentar que deixar de comparecer a um terço das sessões do ano legislativo.
Apuração indica que, até o momento, Eduardo participou de apenas 13 das aproximadamente 50 sessões realizadas, o que confirma o número acima dos limites permitidos para evitar sanção automática.
As ressalvas da Casa indicam que o deputado está morando nos Estados Unidos desde fevereiro, o que agrava sua situação perante o regulamento interno da Câmara.
Mesmo após arquivar o processo de cassação que o acusava de quebra de decoro parlamentar, a Casa não enfrenta obstáculos legais para abrir processo de vacância — ato que pode ser iniciado pelo presidente da Câmara se comprovadas as faltas.
Para o campo da justiça democrática, o cenário evidencia outro tipo de proteção: não basta escapar dos processos disciplinares — é necessário cumprir com frequência o mandato e responder à comunidade parlamentar e ao eleitorado.
A situação de Eduardo Bolsonaro reforça o debate sobre prestação de contas, dever de presença e legitimidade de quem ocupa cargos públicos e se ausenta sistematicamente das atividades essenciais.
Fonte: Revista Fórum
