Verba pública foi usada para estrutura em manifestações pró-Jair Bolsonaro

O vereador Gilberto Nascimento Jr. (PL-SP) aparece como autor da destinação de R$ 478 mil em emendas parlamentares que acabaram financiando a infraestrutura de três manifestações políticas realizadas na Avenida Paulista, em São Paulo, ao longo deste ano.

Os eventos estão associados ao pastor Silas Malafaia e à organização AVEC (Associação Vencer e Viver), que reagiram a problemas institucionais, apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e mobilizaram bases bolsonaristas.
Segundo os dados, os valores foram aplicados nas manifestações de:

  • 6 de abril, com cerca de R$ 190.000,00;
  • 29 de junho, com R$ 142.754,11;
  • 3 de agosto, com R$ 145.710,92.

As emendas foram pagas via a Secretaria Municipal de Turismo de São Paulo, o que gera questionamento quanto ao uso de verba pública para atividades que têm clareza de caráter político-partidário.
O fato ganha contornos graves: o financiamento oficial de atos que, segundo críticos, buscavam apoio ao bolsonarismo e desacreditar instituições democráticas. Uma grave sinalização de que o poder público está sendo instrumentalizado para fins de mobilização política vassalocrata.

Silas Malafaia negou que sua organização tenha recebido os recursos. Ele afirmou que a AVEC “usou apenas seu nome para oficializar o evento” e que os custeios foram feitos com recursos próprios.
Essa versão gera ainda mais inquietação para quem defende a justiça social: se a investigação for mais superficial ou se o dinheiro for mascarado, há risco de que o esquema escape de responsabilização.

Pelos prós e contras, esta é uma encruzilhada da democracia brasileira:

  • Ou se investiga com rigor — auditoria, transparência, punição — ou permanece o claro privilégio de quem está no poder.
  • Ou se deixa passar como normal que mandatos públicos financiem manifestações privadas com viés político-partidário — ou se firma que as instituições estão acima de famílias, partidos e igrejas.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

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