Pesquisa internacional revela que estruturas microscópicas permitem troca de informações entre células nervosas, abrindo caminho para terapias contra Alzheimer e Parkinson

Um estudo publicado por pesquisadores europeus revelou um novo mecanismo de comunicação no cérebro: os nanotubos intercelulares, pequenas pontes biológicas que conectam neurônios e permitem a troca direta de sinais elétricos e químicos.

Essas estruturas, mil vezes mais finas que um fio de cabelo, funcionam como “cabos naturais” de alta velocidade, transportando mitocôndrias, proteínas e até fragmentos de DNA entre as células. O achado revoluciona o entendimento da neurociência moderna e pode ajudar a explicar a rapidez da transmissão neural — muito além das sinapses tradicionais.

Segundo os autores do estudo, o fenômeno pode redefinir a compreensão de doenças degenerativas como Alzheimer, Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA). “Os nanotubos podem atuar como vias de resgate celular, transferindo organelas saudáveis para neurônios danificados”, explicam os cientistas.

A descoberta reforça o potencial da nanotecnologia aplicada à medicina e desperta o interesse da comunidade científica em criar terapias regenerativas baseadas na comunicação celular. Pesquisadores brasileiros já planejam experimentos inspirados na técnica para desenvolver implantes neurais que estimulem regeneração de tecido cerebral.

Especialistas apontam que compreender e reproduzir essa rede natural de nanotubos pode ser o primeiro passo para restaurar funções cognitivas perdidas e combater doenças que hoje ainda são incuráveis.

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