Após semanas de ataques e sanções, Trump agora tenta aliviar o clima e acena a uma possível conversa com Lula — sem data, sem compromisso e sem retratação. O Brasil, no entanto, já deixou claro: exige respeito, e não condescendência.

Depois de causar um verdadeiro terremoto diplomático ao anunciar tarifas de 50% contra o Brasil, Donald Trump agora tenta recuar — mas sem dizer que está recuando. Em nova declaração pública, afirmou que “vai conversar com Lula… em algum momento”, deixando claro que não há prazo, nem intenção firme, tampouco qualquer reconhecimento do erro cometido ao punir o Brasil por motivos meramente políticos.

Em outras palavras, Trump não pediu desculpas, não reviu a medida, não ofereceu compensações. O que ofereceu foi um aceno vazio, típico de quem percebeu que exagerou, mas não tem coragem de admitir.


Um recuo disfarçado de arrogância

Trump sabe que perdeu a narrativa. A repercussão internacional foi amplamente negativa. A própria imprensa norte-americana apontou o protecionismo e a chantagem explícita como sinais de fraqueza, não de força. Mais ainda: as reações do Brasil — que incluiu a convocação da OMC, a possível quebra de patentes e o acionamento da Lei da Reciprocidade — fizeram o republicano entender que a resposta não seria silenciosa.

Dizer que vai falar com Lula “algum dia” é, na prática, reconhecer que o presidente brasileiro não apenas sobreviveu ao ataque, como se fortaleceu. Lula, inclusive, já declarou que não cogita fazer ligação a Trump — e que o Brasil exige respeito.


O Brasil não implora por conversa: exige soberania

A frase-chave Trump diz que vai conversar com Lula poderia soar, num primeiro momento, como um gesto diplomático. Mas o contexto revela: é tentativa de salvar aparência após um tiro no próprio pé. E mais do que isso — escancara o desconforto de Trump com o fortalecimento do BRICS, a resiliência de Lula e a industrialização emergente no Brasil.

Se o recado era intimidar, o resultado foi o oposto. A guerra comercial que pretendia sufocar, está fazendo o país reagir com mais soberania, mais autonomia e mais protagonismo. O Brasil do pré-sal, do café, da soja e do aço não se ajoelha por ameaça — e muito menos por promessas vazias de uma conversa que nunca vem.


Conclusão: Trump balança, Lula mantém o rumo

Não se trata apenas de diplomacia. Trata-se de respeitar o papel que o Brasil ocupa hoje no cenário global. E se Trump quiser mesmo conversar, que venha com seriedade. Porque aqui, já ficou claro: o Brasil não está à venda. E não aceita “desaforo camuflado de convite”.


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1 comentário em “Trump desconversa, mas recua: diz que “vai falar com Lula… algum dia”

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