Republicanos articula estratégia para manter Tarcísio e conter assédio do PL
Partido preserva liderança em São Paulo prevendo disputa de 2026 e evita migração de governador ao PL

Em movimento estratégico, o partido Republicanos articula apoio a um candidato próprio ao governo de São Paulo, como forma de “moeda de troca” para segurar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) até 2026. A manobra visa afastá‑lo da órbita do PL — que investe forte no fortalecimento de seu nome junto às bases — reforçando a autonomia da sigla presidida por Marcos Pereira.
1. Eleição regional como barganha política
Para evitar que o PL absorva Tarcísio, o Republicanos estuda apoiar André do Prado (PL-SP) para o governo paulista — com o compromisso de manter o atual governador na sigla até as eleições presidenciais. Em troca, receberia apoio institucional no estado.
2. Resistência diante do assédio do PL
O clã Bolsonaro e dirigentes do PL vêm pressionando Tarcísio a migrar, oferecendo reforço de campanha e visibilidade nacional. Líderes como Valdemar Costa Neto, presidente do PL, estariam conduzindo o movimento.
3. Alternativa para 2026
Caso Tarcísio permaneça no Republicanos, o partido se posiciona para apresentá‑lo como candidatao natural do grupo conservador à Presidência, agregando força institucional sem depender da estrutura do PL.
4. Repercussão na base bolsonarista
Em Brasília e São Paulo, a estratégia é vista como sinal de que o Republicanos quer evitar a hegemonia do PL sobre o conservadorismo. O fato de Tarcísio manter-se na legenda reforça a narrativa de independência e peso próprio.
Conclusão: jogo de xadrez partidário com vistas a 2026
O Republicanos demonstra habilidade ao transformar a eleição estadual em São Paulo em peça chave para segurar seu nome de maior projeção nacional. Evitando a migração para o PL, preserva uma alternativa competitiva dentro do campo conservador — e alimenta a possibilidade de lançar candidatura própria à Presidência em 2026.
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